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terça-feira, 5 de março de 2019

Liberdade Versus Determinismo | Ênfase no Determinismo | Ênfase na Liberdade


   Agora que explicamos por que alguns filósofos vinculam moral e liberdade , bem como liberdade e responsabilidade , talvez você se pergunte: "Mas somos realmente livres para decidir?" ," E, se somos , que liberdade é essa?". Do ponto de vista da discussão filosófica , podemos sintetizar três respostas diferentes para esses problemas : uma que enfatizou o determinismo, outra que destacou o papel da liberdade e uma terceira que procurou estabelecer uma dialética entre os dois termos.  De acordo com essa via de interpretação, a liberdade não existe , pois o ser humano seria sempre determinado , seja por sua natureza biológica (necessidades e instintos) , seja por sua natureza histórico-social (leis , normas , costumes). Em outras palavras , as ações individuais seriam causadas e determinadas por fatores naturais ou constrangimentos sociais , e a liberdade seria apenas uma ilusão. Essa concepção encontra-se presente no pensamento de filósofos materialistas do século XVIII, tais como os franceses Helvetius (1715-1771) e Holbach (1723-1789). Para essa via de interpretação , o ser humano é sempre livre . Embora os defensores dessa posição admitam a existência das determinações de origem externa , sociais , e as de origem interna , como desejos , impulsos etc. , sustentam a tese de que o indivíduo possui uma liberdade moral que está acima dessas determinações. Assim, apesar de todos os fatores sociais e subjetivos que atuam sobre cada indivíduo , ele sempre possui uma possibilidade de escolha  e pode agir livremente a partir de sua autodeterminação. A maior expressão dessa concepção filosófica acerca da liberdade é encontrada no pensamento do filósofo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) , que afirmou que "o homem está condenado a ser livre" (O Existencialismo é um humanismo, p. 9) .

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