A finalidade dessa teoria é demonstrar que a crosta terrestre flutua, isto é , movimenta-se sobre um substrato pastoso , magmático ou fluído. Imagine , por exemplo , um gigantesco iceberg movendo-se lentamente no oceano. O iceberg seria a crosta terrestre, e o oceano , o substrato magmático. Se imaginamos todos os oceanos sem água teremos uma única e extensa massa continental , porém com enormes depressões ou bacias. A divisão dessa grande massa continental (crosta terrestre) resultou na formação de extensas placas ou blocos que se movimentam sobre o substrato magmático. Essa teoria considera que a massa continental está dividida em seis grandes placas, sendo que os limites dos continentes não coincidem com os das placas. O deslocamento horizontal dessas placas provoca , em seus limites externos , a ocorrência de várias deformações e fenômenos , como o surgimento de dobramentos, falhas , vulcanismos e terremotos. Ou seja , essas áreas geologicamente instáveis da crosta terrestre (Andes , Rochosas , Himalaia etc.) nada mais são do que os locais onde ocorrem as colisões ou os seccionamentos das placas. Assim , se observamos um mapa-mundi físico , poderemos constatar que a distribuição das cordilheiras e das áreas vulcânicas não é caótica ou puramente casual ; ao contrário , obedece a uma determinada lógica. Em razão dos movimentos tectônicos , a placa Sul-Americana se afasta da Africana a uma velocidade de 2 cm por ano; o de Nazca mergulha por baixo da Sul-Americana à razão de 10 cm por ano ; já as de Scotia e do Caribe não são atingidas diretamente pelo deslocamento da Sul-Americana , que passa "de raspão" por elas; verifica-se também o afastamento entre a África e a Ásia , na região da península Arábica , com a tendência de o Mar Vermelho aumentar de largura , dando origem a um oceano largo. Além disso , como se pode observar , as zonas sísmicas ou de terremoto e de vulcanismo encontram-se na zona de contato entre as placas que são áreas de instabilidade geológica.
