A hidrografia é outro elemento natural muito marcante na paisagem brasileira. A vasta rede hidrográfica do país, com a presença de extensos e caudalosos rios , constitui importante elemento modelador do relevo e recurso natural básico na alimentação da população , no abastecimento de água e na geração de eletricidade . O relevo predominantemente planáltico e a existência de inúmeras quedas-d'água conferem no país extraordinário potencial hidráulico . A energia hidráulica é a mais importante fonte primária na geração de eletricidade no Brasil. As bacias do Paraná e do São Francisco , ambas de planalto e situada nas regiões goeconômicas mas populosas e industrializados no país (Centro-Sul e Nordeste) , são as de menor aproveitamento hidroelétrico. Como elemento moderador do relevo , a hidrográfica forma , junto com o clima o conjunto de agentes externos de maior atuação no relevo brasileiro. Alimentada por regimes de chuvas abundantes (regimes equatorial e tropical, principalmente) , a rede hidrográfica exerce importante atividade erosiva sobre as áreas mais elevadas do relevo , complementada por outra atividade igualmente importante : a deposição , nas áreas mais baixas , dos sedimentos retirados das áreas mais elevadas. Através do trabalho erosivo , os rios escavam seus leitos e modelam as vertentes , originando os vales fluviais. Através da sedimentação , ajudam a formar e a fertilizar as planícies e os delta. Os rios que banham o território brasileiro estão reunidos em seis bacias hidrográficas principais (a Amazônia , a do Tocantins-Araguaia , a do São Francisco , a do Paraná , a do Paraguai e a do Uruguai) quatro bacias hidrográficas secundárias (a do Norte , a do Nordeste, a do leste e a do Sul-Sudeste) . As bacias secundárias são as que não pertencem as bacias principais. A Bacia Amazônia apesar de possuir o maior potencia hidráulico do país , é a que apresenta o menor índice de aproveitamento : apenas 0,4% do potencial total (105,5 milhões de KW) , muito abaixo das necessidades regionais.
