O Paraguai é um país que oscila entre a influência brasileira e a argentina . Brasil e Argentina mantêm com o Paraguai um intenso comércio , tanto legal como ilegal. Os meios de comunicação divulgam constantemente o grande número de carros roubados, na Argentina e principalmente no Brasil , que são vendidos no Paraguai . Da mesma forma , são muitos os brasileiros e argentinos que atravessam a fronteira para comprar eletrodomésticos sofisticados, bebidas e aparelhos eletrônicos importados pelo Paraguai voltando a seus países sem pagar impostos sobre esses produtos. Esse comércio ilegal operado por argentinos e principalmente por brasileiros é importantíssimo para a economia paraguaia. Tanto o Brasil como a Argentina tinham há décadas o propósito de construir imensas usinas hidrelétricas no rio Paraná , que serve de fronteira entre o Paraguai e esses dois países. O Brasil saiu na frente e construiu, com o Paraguai, a hidrelétrica de Itaipu , a usina mais potente do mundo até o momento. O Paraguai não utiliza toda a energia a que tem direito. Por isso , vende boa parte dela ao Brasil , o que constitui uma nova fonte de renda para o país. No entanto , a construção de Itaipu atrapalhou os planos argentinos de construir , com o Paraguai , a usina de Corpus , também no rio Paraná , porém mais abaixo. Isso porque a barragem de Itaipu diminuiu o volume de água que chega ao local em que a Argentina planejava construir a sua usina . Além disso , com o acordo feito entre o Brasil e o Paraguai para a construção de Itaipu, a economia paraguaia tornou-se ainda mais dependente do Brasil. O fato é que , ainda no início do século XXI , a exportação de energia elétrica é uma das grandes fontes de renda do Paraguai , que obtém cerca de 400 milhões de dólares anuais graças à energia produzida pela hidrelétrica de Itaipu e também pela hidrelétrica de Yaciretá , que construiu com a Argentina. Como só utiliza 1% da energia que produz , o Paraguai exporta o restante para os Estados Vizinhos. Por outro lado , sua participação do Mercosul vem contribuindo para diminuir o déficit de sua balança comercial e também sua tradicional instabilidade política.
