Uma revisão publicada pela Associação Médica Americana sugere que fumar maconha (na forma de um cigarro ou no vaporizador) pode colocar o coração em situação gravíssima. O artigo destaca alterações no funcionamento do organismo que poderiam abalar a saúde cardíaca e possíveis interações irregulares com medicamentos. O aumento no uso da planta nos Estados Unidos tem como pano de fundo a busca por evidências científicas na área e , por isso , de acordo com os cálculos dos autores mais de 2 milhões de pacientes com funcionamentos cardíacos irregulares fumam maconha de forma terapêutica ou recreativa no país. O cardiologista Muthiah Vaduganathan , um dos autores do levantamento , afirma que as evidências ainda são modestas mas que há dados suficientes para recomendar cautela no consumo aos pacientes que possuem alto risco cardíaco. Famosos medicamentos para doenças cardíacas entraram na revisão. Um exemplo disso são as estatinas , que baixam o colesterol, porque elas podem ter seu nível em circulação crescente quando são usadas junto com a maconha. Com isso , o risco de reações adversas são elevadas. Esse problema é semelhante aos anticoagulantes que são empregados para prevenir infartos e AVCs em algumas situações. Além de servir com um alerta, esse tipo de informação ajudaria os médicos a fazerem ajustes com a dosagem dos fármacos em casos de pacientes que fumem maconha e não desejem parar mais. Os indicados para hipertensão ou os bloqueadores de canais de cálcio , como podem ser chamados , também teriam desempenhos afetados pela planta. Contudo , há poucos dados sobre esse assunto. As arritmias cardíacas também são estudadas como possíveis malefícios da maconha. O estímulo do sistema nervoso adrenérgico, que controla o funcionamento do coração e dos vasos sanguíneos , é suspeito para que a arritmia ocorra. As plaquetas parecem ser superativadas pelos princípios ativos da maconha e a droga poderia danificar as paredes das artérias.
