A denúncia aponta que o filho de Lula , Luiz Cláudio Lula da Silva , teria recebido 2,5 milhões de reais como um resultado de esquema criminoso. Luiz Inácio Lula da Silva e seu filho foram denunciados pelo Ministério Público Federal em Brasília (MPF-DF), por meio da Operação Zelotes - que faz investigação de esquema de sonegação de grandes empresas. No conteúdo da denúncia , um esquema de tráfico de influência , lavagem de dinheiro e organização criminosa são narrados em negociações que levaram à compra de 36 aviões caças suecos pelo modelo Gripen através do Governo brasileiro. Com isso houve a prorrogação de incentivos fiscais que eram destinados a montadores de automóveis por meio da Medida Provisória 627. Ainda de acordo com o Ministério Público de Brasília, este esquema aconteceu quando Lula não estava ocupando a presidência da República Federativa do Brasil, uma vez que ocorria entre os anos 2013-2015. Neste esquema , Mauro Marcondes e Cristina Mautoni , sócios da consultoria Marcondes e Mautoni Empreendimentos e Diplomacia LTDA, também foram denunciados. Os procuradores apontaram que o esquema fazia vendas de promessas de que os clientes da consultoria MMC (que é Montadora da Mitsubishi no Brasil), SAAB e Grupo Canoa , seriam beneficiados em trabalhos com o Governo por meio da interferência de Luiz Inácio Lula da Silva. Marcondes e Mautoni teriam repassado 2,5 milhões de reais para a LFT Marketing Esportivo, empresa do filho de Lula, para obterem influência do ex-presidente do Brasil. O MPF afirma que a empresa sueca SAAB já teria feito desistência de participar do edital de compra de aviões militares até que em 2012 passou a trabalhar diretamente com a consultoria M&M. Desde então, Lula teria atuação junto ao Governo para que a SAAB pudesse ser a escolhida. Um dos artigos da Medida Provisória, incluído pelo então deputado Eduardo Cunha, a prorrogação de incentivos fiscais às montadoras MMC e Caoa era garantida até 2020, contrariando a posição técnica do Ministério da Fazenda. Com isso , mais uma vez , a M&M teria feito promessa de influência de Luiz Inácio Lula da Silva para firmar contratos milionários com os dois empreendimentos. Os procuradores Hebert Mesquita , Frederico Paiva e Anselmo Lopes , relatam que uma relação triangular dava sustento ao esquema e que na primeira ponta o clientes da consultoria marcavam presença no esquema. A segunda ponta era preenchida pelo ex-presidente e os dois sócios da M&M. Por fim , na terceira , estava um agente público que teria o poder de tomar as decisões que beneficiava os primeiros. Mas não fica claro quem seria esse Agente. Entretanto , algo mais avassalador estava prestes a tomar atenção : o nome da ex-presidente Dilma Rousseff foi citado no texto da divulgação do MPF . Depois disso foi dito que os indícios que apontavam que a então presidente tivesse conhecimento do esquema criminoso não foram encontrados.
