O desenvolvimento e mecanismos que determinam o isolamento reprodutivo é fundamental para a origem das espécies. Populações reprodutivamente isoladas passarão a ter história evolutiva própria e independente de outras populações. Não havendo troca de gene com populações de outras espécies, todos os fatores evolutivos que atuam sobre populações de uma espécie terão uma resposta própria. Dessa forma, o isolamento reprodutivo explica não apenas das espécies , mas também a grande diversidade: no mundo biológico. É importante esclarecer que os mecanismos de isolamento reprodutivo não se referem apenas à esterilidade , pois o isolamento reprodutivo não é sinônimo de esterilidade. Os mecanismos de isolamento podem ser pré-zigóticos e pós-zigóticos. Os mecanismos pré-zigóticos são aqueles que impedem a cópula, eles podem ser classificados como:
Isolamento habitacional : As populações vivem na mesma região , mas ocupam habitats diferentes. Ocorre muito com os vegetais.
Isolamento sazonal: As populações ocupam a mesma região , mas seus gametas são produzidos em épocas distintas, impossibilitando assim a anfimixia (fecundação).
Isolamento etológico: O termo etológico refere-se ao comportamento dos organismos . Para os animais , este é o principal mecanismos pré-zigótico (pré-copulatório). A incompatibilidade de comportamentos , como a produção por machos e fêmeas de estímulos que levam a cópula , proporciona este tipo de isolamento. Os vaga-lumes , por exemplo , só emitem sinais luminosos com a frequência, duração e cor (desde branco, azulado, esverdeado, amarelo, laranja ou até vermelho) específicos para cada espécie. A fêmea só responde os sinais luminosos e machos de sua própria espécie. Um outro exemplo , é o canto das aves: as fêmeas são atraídas para o território dos machos de sua espécie em função do canto , que é específico.
Isolamento mecânico : A cópula é impedida devido a diferenças dos órgãos reprodutores.
Os mecanismos pós-zigóticos ou pós-copulatórios são aqueles em que os zigotos são formados , mais os produtos resultantes são inviáveis. Podem poder ser classificados como:
Inviabilidade do híbrido: O híbrido resultante ou morre na fase embrionaria, ou então nasce anormal e morre.
Esterilidade do híbrido: Ocorre quando as gônadas apresentam um desenvolvimento anormal.
Mortalidade dos gametas: Fenômenos fisiológicos impedem a sobrevivência de gametas masculinos de uma espécie no aparelho reprodutor feminino de outra espécie.
Mortalidade do zigoto: O zigoto pode não se desenvolver tornando-se inviável , sendo resultante de uma fecundação entre indivíduos de espécies distintas.
