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terça-feira, 18 de junho de 2019

John Locke E A Liberdade


A produção intelectual de John Locke está diretamente ligada aos acontecimentos da Inglaterra no final do século XVIII. Filho de um puritano que lutara ao lado de Cromwell, ele escreveu a maioria de suas obras no contexto da discussão política em torno da Revolução Gloriosa. Aperfeiçoada por Montesquieu, sua doutrina política foi incorporada na constituição dos Estados Unidos. Locke se opunha a visão de Hobbes, de que o estado de natureza seria o estado de guerra, com destruição mútua dos homens. Para Locke, seria o estado de liberdade, com os homens vivendo juntos segundo a razão, sem uma autoridade para julgá-los. O governo seria um remédio contra os males gerados pelo fato de, um estado de natureza, cada homem ser juiz em causa própria e ataca as propriedades de outrem. Esse Estado, no entanto, teria de cumprir um contrato com a sociedade, zelar pelo bem público, defender a propriedade, caso contrário os homens teriam o direito de rebelião. O poder do governo jamais se estenderia além do bem comum. Se o governo tentasse ser absoluto e violasse os direitos naturais dos indivíduos, perderia a fidelidade dos súditos . Nesse caso, poderia ser legitimamente derrubado. A comunidade teria o direito de pegar em armas contra o soberano para segurar um contrato justo e proteger a propriedade privada. Segundo Locke, no absolutismo os homens se protegeriam contra raposas, sentindo-se seguros diante de leões.

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