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quarta-feira, 12 de junho de 2019

Escolhas Morais


Assim, as condutas dos indivíduos podem variar entre dois extremos , o do consentimento e o da negação da moral vigente , constituindo o que podemos chamar de escolhas morais. Na escolha moral estão em jogo tanto fatores objetivos como subjetivos. Os fatores objetivos relacionam-se aos costumes e normas já estabelecidos , bem como à educação e à cultura em geral . Os fatores subjetivos , por sua vez , estão ligados à ideia de liberdade e responsabilidade pessoal. Uma primeira possibilidade de escolha é a da ação moralmente boa correta , que ocorre quando o indivíduo adere conscientemente a uma norma moral e a cumpre , reconhecendo-a como legítima. É o caso , por exemplo, de alguém que trata todas as pessoas de maneira respeitosa , porque entende que todos merecem respeito.  Complementar a essa opção é a da ação moralmente má ou incorreta , ou seja, a que contraria uma determinada norma moral sem, contudo , contestá-la como norma universal. É como se o indivíduo abrisse uma exceção para agir contra a norma. Por exemplo, uma pessoa é indelicada com outra por algum motivo banal , embora reconheça que a atitude correta é a de ter respeito por todos. Outra possibilidade ocorre quando o indivíduo recusa conscientemente uma norma moral por entendê-la inadequada ou ilegítima. Essa situação caracteriza-se como um conflito ético , que aponta para uma ruptura com a moral vigente. É o caso, por exemplo, das mulheres que usaram saias com um comprimento bem menor do que o considerado adequado pela sociedade de seu tempo , confrontando a moral vigente quanto ao grau "permitido" de exposição pública do corpo.  Diferente do conflito ético é a situação de niilismo ético , que se caracteriza pela negação radical de todo e qualquer valor moral. O permissivo moral, por sua vez , seria uma versão deteriorada e individualista do niilismo ético, na qual, por trás da negação dos valores vigentes , escondem-se interesses particulares.

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