Saiba Mais

Translate

terça-feira, 4 de junho de 2019

Doce Inferno


A partir do século XIII , a Igreja Cristã passou a reconhecer oficialmente a existência de um lugar intermediário entre o Céu e o Inferno, o Purgatório. Resolvia-se um problema teológico embaraçoso, que vinha sendo enfrentado pelas autoridades cristãs desde os primeiros tempos. Era certo que, após o Juízo Final , os puros herdariam o Reino dos Céus e os impuros arderiam no fogo do Inferno. Mas e aqueles que houvessem cometido apenas alguns pequenos pecados , para onde iriam suas almas após a morte? Se fossem admitidos no Céu imediatamente , significaria uma mácula no reino de Deus.  Por outro lado, receber os castigos do Inferno até o dia da absolvição pelo tribunal divino era algo demasiadamente rigoroso . Assim , começou-se a definir um lugar especial, no Além , de onde as almas dos pequenos pecadores passariam , durante um certo tempo, por um processo de purificação , após o qual seriam admitidas no Reino Celestial.  Esse lugar foi associado ao eixo Céu/Inferno. Era representado por uma montanha , que teria , em seu topo, o Paraíso Terrestre e, abaixo , nas profundezas a Terra, os círculos infernais. O Purgatório seria o lugar montanhoso, onde as almas pecadoras eliminariam seus pecados cm castigos escalonados de acordo com sua gravidade. Uma vez purgadas de suas faltas , as almas entrariam limpas no reino de Deus. Entre as várias formulações critãs , o tempo da purgação poderia começar em vida e continuar após a morte. Os sofrimentos e as penitências aos quais homens deveriam se submeter eram vistos como formas de expiar os pecados e purificar suas almas.


Anuncios