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sábado, 1 de junho de 2019

Aspectos Toxicológicos Dos Corantes Para Alimentos


Até cerca de 1850, todos os corantes alimentícios provinham de fontes naturais, como cenoura (corante laranja), beterraba (vermelho), casca de uva escura (preto), ácido carmínico (vermelho), alçafrão (ocre) ; caramelo açúcar queimado (marrom) etc. Em 1856 , a síntese da Malvina deu origem a uma promissora indústria de corantes sintéticos. Esses corantes eram mais bonitos, mais baratos e mais bem aceitos por parte do consumidor e ocasionou a rejeição do mercado aos corantes naturais. No início, os corantes sintéticos eram usados basicamente para tingir tecidos. Em 1865, Frederick Engelhorn fundou a BASF para produzir corantes derivados de alcatrão de hulha (carvão mineral). Em algumas décadas a empresa se tornou líder mundial no mercado de corantes, produzindo principalmente anilina (benzenoamina). Em 1897 já eram fabricados em inúmeros corantes sintéticos, que passaram a ser utilizados também pela indústria alimentícia. No final do século XIX, mais  de 90 corantes sintéticos eram utilizados em alimentos. Em 1916 apareceu nos Estados Unidos a primeira legislação relativa à utilização de corantes na indústria alimentícia. Essa legislação autorizou o uso de sete corantes sintéticos em alimentos, os outros 83 que eram empregados foram proibidos. Desde essa época, pesquisas comprovaram que muitos corantes sintéticos são tóxicos e podem causar anomalias em recém-nascidos e distúrbios cardíacos ou cânceres. Atualmente a comunidade econômica europeia autoriza 11 corantes sintéticos para alimentos, principalmente em função das vantagens que apresentam em relação aos naturais. Em geral os corantes naturais são sensíveis à luz, ao calor, ao oxigênio ou ação de bactérias, ou seja, não são estáveis. Os sintéticos são mais estáveis, tem durabilidade maior e propicia cores mais intensas. Também são utilizados em quantidades menores e são mais baratas que os naturais. A partir de 1990, os Estados Unidos, a Inglaterra e a França passaram a investir na produção de corantes naturais para uso em alimentos processados industrialmente. Hoje, o maior domínio da estabilidade dos pigmentos, aliados a uma tendência geral para o  "natural", provocou uma inversão na demanda de corantes a favor dos naturais.

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