Em meados do século XI, os chineses já tinham inventado duas importantes técnicas de impressão: a xilogravura e a tipografia. Era um grande avanço comparado ao que ocorria na Europa, que contava apenas com o trabalho dos copistas, muito mais lento. Xilogravura é a técnica por meio da qual se obtém cópias em papel de imagens e textos gravados em madeira. Sabe-se que esta técnica foi usada pela primeira vez na China, em 868. Em 1041, o chinês PI-Sheng inventou os tipos móveis de imprensa, que o ocidente só iria conhecer mais de 400 anos depois. Cada tipo era transformado em um ideograma chinês. Veja como eles faziam para imprimir as páginas de seus livros no século XI :
• Fabricavam os caracteres em madeira ou cerâmica.
• Acomodavam os caracteres numa caixa de modo a formar frases com sentido. As frases eram dispostas verticalmente.
• Aplicavam tinta sobre os caracteres.
• Colocavam a folha sobre os caracteres e a pressionavam com uma almofada.
• Retiravam a folha impressa e conferiam o texto.
• Colocavam outras folhas para imprimir cópias do mesmo texto. Se o objetivo fosse produzir 50 exemplares de um livro, então imprimiam um a cada página 50 vezes.
Como os tipos eram móveis, eram utilizados em outros textos. Para os chineses, a tipografia era bastante trabalhosa, pois, enquanto o nosso alfabeto tem 23 caracteres, a escrita chinesa possui cerca de 3500. Isso explica por que, na China daquela época, a tipografia não chegou a tomar o lugar da xilogravura. A tipografia permitiu a produção de diferentes livros dos mais diversos gêneros: poesia, romance, trabalhos científicos, manuais de medicina. Os primeiros livros chineses já vinham acompanhados de ilustrações, muitas delas de excelente qualidade. A xilogravura penetrou na Europa só no final do século XIV (1380) , e a tipografia, por volta de 1456. Durante os song os chineses fizeram também notáveis progressos nas técnicas militares e nos armamentos, descobriram a pólvora e aperfeiçoaram o uso de explosivos para fins bélicos.
