O nome bramanismo vendo Brahma e significa "força suprema que rege todo o universo". O bramanismo crê na reencarnação, isto é, que a alma não morre com a pessoa, mas volta em outro corpo para pagar pelos erros acumulados em vidas passadas e se purificando pouco a pouco. Na época, a sociedade indiana era uma sociedade de castas, isto é, formada por grupos fechados ligados entre si por laços de parentesco ou religiosos. Cada um nascia na sua casta e nada podia fazer para mudar de posição social. As principais castas hindus eram a dos escravos, a dos homens livres, a dos nobres guerreiros e a dos brâmanes, a qual pertenciam os sacerdotes. Para o bramanismo as castas vieram do corpo do Brahma: os brâmanes vieram da boca; os guerreiros, dos braços; os homens comuns, das pernas; e os escravos, dos pés. os brâmanes e os guerreiros seriam os mais evoluídos e precisariam de menos reencarnações. Já as castas dos homens comuns e a dos escravos necessitarão reencarnar muitas vezes. Portanto, o destino de cada um era imutável. Com isso o bramanismo justificava o sistema de castas e servia aos poderosos. Havia diferenças fundamentais entre o bramanismo e o budismo. Para os brâmanes, o indivíduo se aprimorava pelo sofrimento e através de inúmeras encarnações. Para os budistas, era possível alcançar o Nirvana na vida em curso. O fatalismo presente nas doutrinas dos adeptos do bramanismo era evidente. Uma das leis do livro "as leis de Manu", manual de vida para os cidadãos , dizia: " Quem não deseja o prazer e sabe que a dor é coisa natural permanecerá livre dos sofrimentos".
