Ao longo da história , sempre soube certa preocupação quanto ao relacionamento sociedade-natureza , como com aos prejuízos causados pela ação humana nos ambientes naturais. Mas essas eram preocupações isoladas, desconectadas. Os primeiros estudos ecológicos de caráter científico começaram a ser feitos a partir da segunda metade do século XVIII. Entretanto, somente depois da Segunda Guerra Mundial , principalmente a partir da década de 1960, os problemas de ordem ambiental passaram a ser encarados como extremamente graves. A partir desse período , as discussões ambientais tornaram-se mais frequentes , assumindo cunho científico mediante realização de análises criteriosas , de pesquisas laboratoriais e de estudos acadêmicos coordenados por pesquisadores e cientistas em diferentes países do mundo. Nesse sentido , os avanços tecnológicos da Revolução Técnico-Científica , como a construção e o lançamento de satélites artificiais de sensoriamento remoto e o desenvolvimento da informática , tiveram um papel importante na qualidade das pesquisas voltadas aos problemas ambientais. Diante de inúmeras catástrofes ambientais, pessoas e instituições começaram a perceber que o ambiente são suportaria a intensidade da agressão humana. Iniciou-se , então, num processo de mobilização em torno da questão ambiental , o qual se expandiu e se consolidou por meio da divulgação de estudos científicos , da publicação de livros sobre o tema e da realização de conferências que, entre outras questões, alertaram a humanidade de que a degradação do ambiente comprometeria a manutenção da vida na Terra. Nesse período surgiram instituições e movimentos ecológicos com os mais variados fins, tendo, em comum, a defesa da vida. Esses esforços geraram mudanças nas posturas de empresas e de governos, os quais passaram a elaborar leis de proteção ambiental (inclusive as que determinam a criação de unidades de conservação) e a incluir o estudo da Ecologia nos meios educacionais.
