" [...]A partir de então, o crescimento se tornou mais vagaroso ou cessou por completo, salvo em certas regiões especiais como ao longo do litoral báltico da Alemanha ou na Itália Central e Setentrional , onde uma vigorosa exploração comercial dos novos "impérios" báltico e levantino , criados pelos cavaleiros teutônicos e francos , continuou a sustentar um importante desenvolvimento urbano até depois de 1400 . A partir desta data , as grandes inovações econômicas tenderam mais a concentrar-se na Alemanha central e nos Países Baixos , onde a mineração e a pesca de arenque , deram particular estímulo a empreendimentos capitalistas cada vez mais ambiciosos. A característica mais notável do comércio europeu foi a grande importância dos artigos rudes e vulgares . Mercadorias de consumo bastante vasto , como tecidos de lã, cereais , arenque e ferro , fazem sua entrada no comércio inter-regional. Os artigos finos e de luxo , destinados aos ricos , formavam um contingente pequeno na torrente do comércio europeu. Na maior parte do mundo civilizado o transporte então caro, que o comércio a larga distância se limitava em geral , aos bens de alto valor em proporção ao seu volume. Os europeus podiam levar produtos de muito menos valor à mercados distantes porque as instruções do mar e os longos rios de águas remansosas punham o transporte aquáticos à disposição de largas regiões no interior europeu. A navegação era , evidentemente , muitíssimo mais barata do que o transporte por terra , o qual , na ausência de estradas bem conservadas , tinha de ser efetuado por meio de comboios de cargueiros".
(História Universal MC Neil, William. Um estudo comparado das civilizações. Editora Globo, 1972).
