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quinta-feira, 24 de maio de 2018

Um Pouco de História



       Considera-se 1945 , ano da deposição de Getúlio Vargas , o início de um novo período político-social em nosso país. Trata-se de uma era de "democratização", que se estende até 1964 , quando ocorre o Golpe Militar.  Nesses quase 20 anos, os fatos históricos que se sucedem fazem parte da nossa memória nacional mais recente: o fim do Estado Novo (1945) , o afastamento temporário de Getúlio Vargas da vida política (1945-1950) , seu retorno (1951-1954) , a presidência de Juscelino Kubistschek (1956-1961) , a fundação de Brasília , nova capital do país (1960) , as presidências de Jânio Quadros (1961) e de João Goulart (1961- março de 1964). Adotando modelos políticos populistas , o Brasil tenta encontrar os rumos de seu desenvolvimento. Apesar da grande abertura ao capital estrangeiro proporcionada pelo Plano de Metas do governo Juscelino, será apenas na fase seguinte, com a ditadura militar (1964-1978) , que se consolidará no modelo econômico assentado no Estado , nas multinacionais e no  capital nacional. Em 1979 , com a posse do presidente Figueredo, é assinado o decreto de anistia aos presos políticos , há reforma partidária e começa o processo de redemocratização do país. O tema e a ideologia do desenvolvimento dão cores esquerdizantes ao nacionalismo, bandeira vinculada à direita nos anos 1920. Nesse contexto, renova-se o gosto pela arte regional e popular , cujo potencial revolucionário se torna objeto de grande atenção. Em contrapartida , as camadas conservadoras reagem sistematicamente contra as manifestações políticas nacional-populistas. No cenário internacional do pós-guerra, a Guerra Fria e a ameaça atômica predominam a partir de 1945, dividindo  o mundo em sistemas que mutuamente se hostilizam. Nessa oscilação entre enfatizar o nacional e reprimi-lo , entre resgatar o passado e descobrir o futuro , entre a consideração da necessidade de testemunhar o momento político presente e uma aura quase mítica de entusiasmo e generalizado pela mídia e pela máquina - dois fetiches ligados à explosão industrial dos anos 1960 tanto na Europa quanto nos Estados Unidos- , nasce o que alguns chamam de "fim do Modernismo", enquanto outros preferem cunhar o termo "Neomodernismo".  Trata-se da geração de 45 , que passaremos a conhecer.

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