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segunda-feira, 28 de maio de 2018

A Primeira Guerra Mundial



     Em 1907 Pablo Picasso, personagem-símbolo das artes no século XX, concluía a obra-chave "As Donzelas de Avignon". As Donzelas parecem zombar das convenções para criar uma ilusão de realidade. Onde está a perspectiva? Onde está o sombreado dos elementos para sabermos o lugar em que a luz incide? As figuras encontram-see fragmentadas, apontado para direções distintas, pintadas com estilos diferentes. As três donzelas da esquerda têm os rostos moldados segundos antigas esculturas ibéricas. As da direita são máscaras africanas. Picasso, com um olho em suas origens hispânica e outro na escultura negra, estava, agressivamente, atacando um estilo consagrado de pintura. Como afirmou o crítico de arte e ex-prefeito de Roma Giulio Argan (1909-1992), "na história da arte moderna [o quadro] é a primeira ação de ruptura". Apesar de alguns artistas como Picasso estarem então anunciando a crise da cultura européia antes da Primeira Guerra Mundial , ainda predominavam um certo fascínio iluminista pela tecnologia, que conduziria o homem ao progresso, e pela luz da ciência, que produziria homens cada vez melhores e mais sábios. Mas o que a racionalidade tecnológica produziu foi a mais devastadora guerra da História da humanidade. " As luzes se apagam em toda a Europa", disse o secretário das Relações Exteriores da Grã-Bretanha na noite em que a Inglaterra e a Alemanha entraram em guerra. O progresso tecnológico capacitou os combatentes a se exterminarem com uma eficiência sem precedentes. A Europa se converteu num matadouro: cerca de 17 milhões de mortiz e 20 milhões de feridos. Armas químicas, aviões bombardeiros e submarinos inauguraram a era do massacre.

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