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quarta-feira, 30 de maio de 2018

Cálculo Da Frequência De Alelos


Com a equação p(2) + 2pq + q(2) , podemos calcular a frequência de
determinado alelo ou indivíduo considerando um dado real obtido de uma
amostra da população. Esse dado pode ser a frequência de indivíduos
dominantes ou recessivos na população. Podemos afirmar que a
frequência obtida nos cálculos é verdadeira apenas para essa geração.
Ela não se manterá obrigatoriamente ao longo das gerações seguintes,
pois a população real sofre, por exemplo, mutações e seleção natural.
Vejamos um exemplo de aplicação da lei de Hardy-Weinberg com esse
objetivo (vamos analisar apenas dois alelos, mas a lei pode ser
entendida para alelos múltiplos). Sabendo que a frequência de
indivíduos albinos (genótipos aa) em uma população em equilíbrio é 1%
, vamos calcular a frequência dos genótipos possíveis nessa geração.
Usamos a fórmula p + q = 1 e as seguintes convenções :

¤Frequência do alelo A = p
¤Frequência do alelo a = q
¤Frequência de indivíduos AA = p(2)
¤Frequência de indivíduos Aa = 2pq
¤Frequência de indivíduos aa = q(2)

A frequência de aa (q2) é 1%. Então, q2 p 0,001 e q = 0,1. Logo :

p = 1 - q = 1 - 0,1 = 0,9

Com esses valores , podemos descobrir a frequência dos outros genótipos :

¤Frequência de AA (p2) = 0,81 ou 81%

¤Frequência de Aa (2pq) = 2 x 0,9 x 0,1 = 0.18 ou 18%

Quando sabemos a frequência de indivíduos dominantes , é mais fácil
calcular primeiro a frequência dos indivíduos recessivos e depois  a
do alelo recessivo. A frequência do alelo dominante é calculada pela
fórmula p = 1 - q.  Nesse exemplo , se fossem 99% de indivíduos não
albinos , calcularíamos a frequência de indivíduos aa e depois a de
alelos a : q2 = 1 - 0,99 = 0,01 ; q = 0,1. Mutação e seleção natural
são fatores evolutivos , uma vez que alteram a frequência gênica da
população.  A migração também altera essa frequência ao provocar o
fluxo de alelos de uma população para outra. O último fator evolutivo
é a deriva genética .



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