Com a equação p(2) + 2pq + q(2) , podemos calcular a frequência de
determinado alelo ou indivíduo considerando um
dado real obtido de uma
amostra da população. Esse dado pode ser a
frequência de indivíduos
dominantes ou recessivos na população. Podemos
afirmar que a
frequência obtida nos cálculos é verdadeira
apenas para essa geração.
Ela não se manterá obrigatoriamente ao longo das
gerações seguintes,
pois a população real sofre, por exemplo,
mutações e seleção natural.
Vejamos um exemplo de aplicação da lei de
Hardy-Weinberg com esse
objetivo (vamos analisar apenas dois alelos, mas
a lei pode ser
entendida para alelos múltiplos). Sabendo que a
frequência de
indivíduos albinos (genótipos aa) em uma população
em equilíbrio é 1%
, vamos calcular a frequência dos genótipos
possíveis nessa geração.
Usamos a fórmula p + q = 1 e as seguintes
convenções :
¤Frequência do alelo A = p
¤Frequência do alelo a = q
¤Frequência de indivíduos AA = p(2)
¤Frequência de indivíduos Aa = 2pq
¤Frequência de indivíduos aa = q(2)
A frequência de aa (q2) é 1%. Então, q2 p 0,001
e q = 0,1. Logo :
p = 1 - q = 1 - 0,1 = 0,9
Com esses valores , podemos descobrir a
frequência dos outros genótipos :
¤Frequência de AA (p2) = 0,81 ou 81%
¤Frequência de Aa (2pq) = 2 x 0,9 x 0,1 = 0.18
ou 18%
Quando sabemos a frequência de indivíduos
dominantes , é mais fácil
calcular primeiro a frequência dos indivíduos
recessivos e depois a
do alelo recessivo. A frequência do alelo
dominante é calculada pela
fórmula p = 1 - q. Nesse exemplo , se
fossem 99% de indivíduos não
albinos , calcularíamos a frequência de
indivíduos aa e depois a de
alelos a : q2 = 1 - 0,99 = 0,01 ; q = 0,1.
Mutação e seleção natural
são fatores evolutivos , uma vez que alteram a
frequência gênica da
população. A migração também altera essa
frequência ao provocar o
fluxo de alelos de uma população para outra. O
último fator evolutivo
é a deriva genética .