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segunda-feira, 28 de maio de 2018

Seleção: Uma Reprodução Diferencial Entre Organismos



     Na seleção natural são favorecidas as características que aumentam o sucesso reprodutivo dos indivíduos. Esse sucesso pode ser resultado de vários tipos de adaptação. Algumas aumentam a chance de o organismo conseguir comida (Maior Velocidade , dentes mais fortes, etc.) ; outras (como a camuflagem) o ajudam a se defender dos predadores ou a sobreviver às condições físicas do ambiente (proteção contra o frio, contra a perda de água, etc.) . Com essas adaptações, cresce a chance de sobrevivência do indivíduo e aumentam suas oportunidades de chegar à idade reprodutiva. Em outras vezes são beneficiados fatores que aumentam a fertilidade do individuo. Mesmo sobrevivendo menos tempo , ele poderá deixar um número maior de filhos que seu competidor. Também são favorecidas características que facilitam ao indivíduo conseguir um parceiro sexual ou aumentar os cuidados com a prole , fazendo com que um numero maior de filhos sobreviva até a idade reprodutiva. Portanto, em última análise , a seleção natural nada mais é que uma reprodução diferencial , ou seja, uma consequência do fato de indivíduos com genótipos diferentes terem sucesso reprodutivo distinto. A evolução é provocada por vários fatores porém além da seleção natural - entre eles , a migração, a mutação e a deriva genética. Esses fatores podem alterar a frequência relativa dos genes e dos indivíduos em uma população , ou seja, podem provocar evolução. Portanto, a seleção natural não é o único fator evolutivo. Em certos momentos da historia da Terra ocorreu a extinção de grande número de especies - em alguns casos , mais de 80% delas - em um curto intervalo de tempo. Em termos geológicos, curto significa entre 10 mil e 100 mil anos. São chamadas as extinções em massa, provocadas , por exemplo, por grandes mudanças climáticas no planeta, causadas pelos movimentos das placas tectônicas ou pela queda de asteroides, entre outros fatores. Nesses período , o fato de uma espécie estar mais adaptada que outra pode não contar nada para sobrevivência pois houve uma mudança drástica e imprevisível no ambiente. Muitas características se originam da herança de antepassados. Por exemplo, o fato de uma baleia ter pulmões em vez de brânquias é explicado por sua história evolutiva, isto é, pelo fato de ela ter evoluído a partir de um mamífero terrestre. Da mesma forma , o fato de ela utilizar movimentos verticais para nadar, em vez de horizontais, como fazem os peixes, deve-se à herança de uma estrutura óssea e muscular adaptada originalmente para a corrida e presente no mamífero terrestre que lhe deu origem. Portanto, mutações e seleção natural agem sobre estruturas herdadas de ancestrais, o que limita o potencial de adaptações que podem surgir em determinado ambiente. Outra forma incorreta de ver a evolução é imaginar esse processo como uma escada , em que formas menos adaptadas são substituídas por outras mais adaptadas. Na realidade, todas as formas de vida atuais surgiram depois de um longo processo de evolução, que produziu organismos capazes de sobreviver em determinado ambiente e deixar descendentes. Por isso não se pode dizer que um mamífero é "mais adaptado" que um réptil, por exemplo. Cada um está adaptado a um ambiente, a um modo de vida. Assim, a história evolutiva das espécies deve ser vista como uma "árvore". Na ponta de cada ramo de árvore estão as espécies atuais. Abaixo de cada ramo estão as espécies ancestrais, que não existem mais e originaram as atuais. Por fim, é importante ter em mente que a competição não é o único fator determinante da evolução. A cooperação também é uma força evolutiva importante e não apenas entre abelhas, cupins ou formigas. Em muitos grupos de mamíferos, quando um animal avista um predador , ele emite um grito de alarme para avisar os outros do perigo. Os morcegos por qual salvam outros membros do grupo devido a inanição dividindo com eles o sangue que conseguiram.

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