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sábado, 8 de junho de 2019

Língua Culta E Lingua Coloquial


Vimos que a gramática normativa considera correta a frase "Os dois rolaram no chão" e incorreta a frase " Os dois rolô no chão". Mas ... Se essas duas frases dizem a mesma coisa , se qualquer falante do idioma pode compreendê-las perfeitamente , por que só a primeira é aceita como correta ? Ou seja : que critérios são empregados para definir o que é "certo" e o que é "errado" na língua ? Os critérios que determinam a norma (padrões de uso) de uma língua se estabelecem ao longo do tempo principalmente pela ação da escola e dos meios de comunicação. Esses dois instrumentos sociais levam os falantes de um idioma a aceitar como "certo" o modo de falar da camada da população que, em virtude de sua situação social privilegiada , tem maior prestígio na sociedade . Essa variedade - chamada língua culta - usualmente é falada e escrita em situações mais formais pelas pessoas de maior instrução e de maior escolaridade. Os documentos oficiais (leis , sentenças judiciais etc.) , os livros e relatórios científicos , os contratos , as cartas comerciais , os discursos políticos etc. são exemplos de textos escritos nessa variedade linguística. A língua coloquial , por outro lado, é uma variante mais espontânea , utilizada nas relações informais entre os falantes. É a língua do cotidiano , sem preocupações com as regras rígidas da gramática normativa. Outra característica da língua coloquial é o uso constante de expressões populares , frases feitas , gírias etc. Uma comparação entre a língua culta e a língua coloquial permite notar que , em certos aspectos , as diferenças entre as duas bastante evidentes ; mas , em outros , os limites não são tão claros e fica difícil , nesses casos , definir o que é culto e o que é coloquial.

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