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segunda-feira, 10 de junho de 2019

Imunodeficiência E Auto-Imunidade


Atualmente, dois termos passaram a ser muito citados , até mesmo por leigos em ciências biológicas. Um deles , a imunodeficiência , ganhou destaque com o surgimento da devastadora epidemia de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). Os dados atuais são realmente assustadores. Há no mundo mais de 40 milhões de pessoas com HIV , o vírus da AIDS ; no ano de 2001 , 5 milhões de pessoas contraíram o vírus e 3 milhões morreram. Em Botsuana , na África , 35,8% da população adulta tem o vírus e na África do Sul está a maior taxa do mundo, em valores absolutos , com 4,2 milhões de pessoas infectadas. Situação grave existe em mais de dez países africanos , com 10% da população adulta infectada. No Brasil , felizmente o problema não é tão grave , graças aos esforços do governo e doação de medicamentos e a conscientização de um número crescente de pessoas , trabalho também de muitas instituições não-governamentais. O número está por volta de meio milhão de adultos infectados. O outro problema é o da auto-imunidade. Neste caso, o organismo passa a não reconhecer o que é seu, tratando células e órgãos como fatores estranhos , que devem ser destruídos. As doenças auto-imunes mais preocupantes , pelo número crescente de casos , são o diabete tipo I , a tireoidite de Hashimoto e a esclerose múltipla. No diabete , o sistema imune ataca e destrói as células das ilhotas do pâncreas , produtoras do hormônio insulina. Na tireodite , ele ataca as células da tireóide , produtoras do hormônio tiroxina. Na esclerose múltipla , é destruída a bainha de mielina (desmielinização) dos neurônios do cérebro e da medula.  Neste caso , há sério e progressivo compromentimento das funções neuromusculares e sensoriais. Ela é mais comum nas mulheres, admitindo-se que haja um componente genético com forte influência ambiental , possivelmente um vírus. Como vemos , a imunodeficiência e a doença auto-imune são graves alterações dos mecanismo naturais que normalmente nos protegem contra agentes estranhos. Nos últimos anos , o grande avanço em pesquisas do sistema imune trouxe sofrer rejeição, inclusive quando feito entre indivíduos da mesma espécie, se não houver tratamento com as drogas imunossupressoras. Elas impedem a mobilização do sistema imune do receptor no ataque ao enxerto. Uma dessas drogas é a ciclosporina A, extraída de um fungo , que aumenta bastante o sucesso nos transplantes de medula , embora tenha um efeito colateral , afetando os rins.

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