Os chineses só começaram a comerciar com o Ocidente depois de derrotados pelos ingleses na Guerra do Ópio (1839-1842). Antes dela, a atividade ficara severamente limitada às mãos de uma associação de mercadores chineses, que eram privilegiados pelo imperador. Exigindo o direito de comerciar na China o ópio, cultivado em sua colônia da Índia , os ingleses ocuparam várias cidades no litoral do país e anexaram a ilha de Hong Kong. Durante algum tempo, os europeus pareceram sentir-se satisfeitos com o comércio nas cidades litorâneas. A derrota chinesa na Guerra Sino-Japonesa (1894-1895), que o Japão venceu facilmente , estimulou os europeus a mutilarem a China. Inglaterra , França , Rússia e Alemanha lutaram pelas concessões e pelos protetorados. Territórios da periferia , como a Indochina , a Coréia e a Manchúria , que antes reconheciam a autoridade chinesa, foram submetidos pelas potências europeias. Portos foram entregues ao controle estrangeiro. Os acordos poderiam ter seguido o mesmo curso que tomaram a Africa , mas cada nação europeia resistiu a qualquer divisão que desse vantagem a outro país europeu. Os Estados Unidos proclamaram uma política de "porta aberta" , a de que o comércio deveria estar aberto a todos e de que as grandes potências deveriam respeitar a integridade territorial chinesa. Essa era uma forma de assegurar seus interesses e continuar a abrir aquele país à penetração do capitalismo ocidental. Os chineses organizaram sociedades secretas , com o objetivo de expulsar os estrangeiros e castigar os chineses que aceitassem o cristianismo ou estimulassem, de qualquer maneira , a ocidentalização. Uma delas , Sociedade dos Punhos Justos e Harmoniosos (cujos integrantes foram chamados de boxers, pelos europeus), foi apoiada pela imperatriz Tsisi, que via com simpatia campanhas contra os estrangeiros , particularmente os missionários cristãos . Em 1900 , os boxers rebelaram-se contra a presença dos estrangeiros na China. Um exército europeu aliado aos americanos sufocou a rebelião. A China foi obrigada a pagar uma indenização quando sua capital foi saqueada e incendiada pelos ocidentais.
