A esperança (ou expectativa) de vida ao nascer e a taxa de mortalidade infantil são importantes indicadores de qualidade de vida da população de um país porque refletem fatores como escolaridade, saneamento básico, serviços de saúde, campanhas de vacinação, atenção ao pré-natal , aleitamento materno, nutrição outros. Analisando os dados , constatamos que os contrastes regionais são muito acentuados no Brasil. Em 2008, no Sudeste, a expectativa de vida é 4,2 anos maior que a do Nordeste, e o índice de mortalidade infantil correspondia a menos da metade do nordestino (17,1% e 34,4%). Esses indicadores correspondem a uma média, portanto, não revelam as variações entre as classes sociais em cada região. Embora tenha caído de aproximadamente 100% para 23% entre 1970 e 2008 , a mortalidade infantil no Brasil ainda é alta se comparada com a de outros países. No mesmo período , essa taxa era de 13,4% na Argentina e 7,2% no Chile. Com relação aos países desenvolvidos ,a distância é ainda maior : Islândia, 2,9%; Noruega , 3,0% e Japão , 3,2%. Nesses países , os fatores da mortalidade infantil já independem de políticas de infraestrutura social, como é o caso do Brasil, que ainda apresenta um elevado percentual de mortes associadas à carência de serviços públicos essenciais.
