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segunda-feira, 26 de março de 2018

Energia E Meio Ambiente


 Os sistemas de transporte, a produção industrial e a termeletricidade utilizam predominantemente combustíveis fósseis, cuja queima é altamente poluente,  com indesejáveis consequências sobre a saúde, além de acentuar o efeito estufa e causar outros sérios problemas ambientais , como as chuvas ácidas e as ilhas de calor. A hidreletricidade, a fissão nuclear e as formas de produção energética que utilizam diversos tipos de biomassa também têm, em maior ou menor grau, impactos ambientais. Somente algumas fontes alternativas, como a energia solar, a eólica, a geotérmica e a da variação das marés, quase não causam impactos ambientais, mas seu aproveitamento , embora crescente em vários países, é restrito a locais que apresentam condições  ideais e , até o momento , a escala da utilização é pequena, por causa do alto custo de instalação das unidades captadoras e transformadoras. Segundo a Agência Internacional de Energia , a participação dessas fontes no consumo mundial de energia , embora muito baixo, aumentou de 0,1% pra 0,7% entre 1973 e 2007. Em 2006 somente 12,9% da energia consumida no planeta era proveniente de fontes renováveis e a participação das fontes eólica , solar e geotérmica é bastante reduzida. Quanto ao aumento no consumo mundial de energia, há um fato interessante a destacar: nos países desenvolvidos esse consumo, embora alto, está praticamente estabilizado. Nesses países o aumento , quando há , ocorre no mesmo ritmo do crescimento populacional, ou seja, com índices inferiores a 1% ao ano, uma vez que a maioria da população atingiu padrões de consumo que se estabilizaram em níveis bastante elevados. Além disso, segundo estimativas , o aumento esperado tende a ser anulado pela eficiência energética cada vez maior dos aparelhos domésticos , pelo consumo cada vez menor de combustível nos automóveis e máquinas industriais e pelo crescente volume de reciclagem de materiais, entre outras medidas que provocam economia no consumo de energia. No Reino Unido, pro exemplo, em 1970 o consumo de energia era de 407 toneladas equivalentes de petróleo (TEPs) por 1 milhão de libras de PIB produzido. Em 2007 esse consumo caiu para 185 TEPs/1 milhão de libras de PIB. O aumento do consumo mundial de energia, portanto, ocorre nos países em desenvolvimento , especialmente nos emergentes , por causa do crescimento populacional e do crescimento econômico , que provocam o aumento na produção e venda de produtos, principalmente automóveis e eletrodomésticos.  O maior aumento na participação percentual do consumo mundial de energia ocorreu na China e em outros países asiáticos , onde a produção industrial vem crescendo em ritmo acelerado. Segundo estimativas , entre 2015 e 2020 os países em desenvolvimento , sobretudo , os emergentes , estarão , em termos absolutos , consumindo mais energia que os desenvolvidos, o que torna ainda mais urgente a necessidade de um planejamento energético que considere os impactos ambientais. Se a matriz energética atual , ou seja, o padrão mundial de produção e consumo for mantido , a emissão de gases provocada pela queima de combustíveis fósseis tende a aumentar , agravando ainda mais os problemas ambientais no planeta. A solução envolve a substituição de fontes não renováveis e altamente poluentes, como o petróleo e o carvão mineral, por outras renováveis e menos agressivas ao meio ambiente, como a hidreletricidade e a biomassa , além de fontes alternativas cuja viabilidade econômica de produção depende das condições físicas locais , como as energias eólica, solar, geotérmica e de variação das marés.

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