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sexta-feira, 23 de março de 2018

Marco Polo


  O relato mais conhecido é o do veneziano Marco Polo, que seria partido para o Leste com 17 anos, acompanhando seu pai e seu tio , que já haviam conseguido chegar a Pequim em 1265. Nessa primeira viagem, os dois mercadores conheceram o Grande Khan (um espécie de rei) que lhes deu uma carta na qual pedia ao papa o envio de padres para ensinar o cristianismo aos mongóis. A segunda viagem só pode realizar-se em 1271. Depois de três anos e maio de jornada, chegaram ao seu destino , sem os sacerdotes que, temer os , logo abandonaram a expedição. Por sua facilidade em aprender idiomas, Marco Polo passou a comunicar-se com habilidade em mongol, persa e árabe , o que agradou ao Grande Khan. Assim, o jovem italiano foi encarregado de várias missões diplomáticas nos mais diversos pontos da China. Cerca de 20 anos depois, mercadores tiveram permissão para retornar à Europa. Marco Polo regressou a Veneza em 1295 . No ano seguinte , foi aprisionado por genoveses, então em guerra contra sua terra natal. No cárcere , ditou suas aventuras a um outro prisioneiro, Rusticiano de Pisa, e anos depois publicou-as no intitulado Livro das diversidades maravilhas. Segundo Marco Polo , seu livro era fundamentalmente w uma descrição do mundo oriental". Trata, com detalhes , das dimensões e características do Império Mongol e de outros regiões até então nunca relatadas no Ocidente , como a imensa e riquíssima  ilha de Cipangu (Japão), localizada no meio de um vasto oceano a leste da China. Mas os aspectos referentes ao Paraíso Terrestre e outras regiões lendárias também faziam parte de suas descrições. Ele conta que , ao passar pela Pérsia, ouviu relatos da existência de uma árvore imensa, que chegava a tocar o céu e previa o futuro. Essa árvores profética , sendo lendas que circulavam durante a Idade Média, havia sido consultada pelo imperador macedônico Alexandre Magno, a quem previu que não voltaria vivo à Macedônia. Os limites entre o que chamamos de realidade e fantasia eram tênues na maneira como o homem medieval vivenciava suas experiência . A carga de imigração e sonhos, da qual Marco Polo era portador , influenciaram as interpretações do que via : a novidade era filtrada pelo imaginário. Os unicórnios descritos em seu livro bem podem ter sido rinocerontes , existentes no continente asiático . Algumas das árvores de fartura , que produziam pão e vinho e que respondem aos sonhos paradisíacos da época , de fato existem. Uma delas é sagueiro , de cujo caule é possível extrair uma farinha. Mas isso isso não é o mais importante.  Mais significativo é verificar como os europeus produziam e recebiam suas descrições. Parte dos compatriotas de Marco Polo o ridicularizaram. Mas muitas versões sobre versões sobre suas viagens circularam por toda a Europa e estimularam a imaginação e ação de contemporâneos do autor. Mutos outros aventureiros e mercadores procuraram seguir as pistas de Polo, realizaram expedições com destino à Índia e à China. Além de descreverem cada vez mais pro organizadamente essas regiões , seus relatos trouxeram alterações no imaginário medieval.

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