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segunda-feira, 26 de março de 2018

A Expansão Marítima Portuguesa


 O poder monárquico conseguia concentrar recursos para a montagem de exércitos regulares e expedições marítimas , dirigidas por membros da aristocracia e com a participação de elementos da burguesia. Em 1415 , o próprio rei D. João comandou uma expedição ao norte da África contra os muçulmanos de Ceuta, dando início à expansão marítima portuguesa. Ao mesmo tempo que abria uma nova fase da história européia, a aventura marítima retomava as motivações básicas da Reconquista e das Cruzadas de tempos passados: combater em nome da fé e obter mais terras e riquezas. Pode-se entender a expansão marítima como uma Segunda Expansão Feudal. O rico comércio das especiarias e as informações sobre as maravilhas orientais estimulavam os portugueses. Como os mercadores genoveses e venezianos exerciam o monopólio da rota mediterrânea , restava-lhes procurar caminhos alternativos, explorando a costa ocidental da África. O Atlântico, tido até àquela altura como o "Mar Tenebroso", povoado por monstros e outros perigos , era o grande obstáculo a ser vencido. As viagens marítimas tornaram-se desde cedo um empreendimento do Estado. O desenvolvimento dos conhecimentos cartográficos, bem como das embarcações e de novas técnicas e instrumentos de navegação , foi permitindo o avanço dos portugueses em direção ao sul do continente africano. Em 1434, após 15 tentativas sem sucesso , dobraram o cabo Bojador , primeiro grande obstáculo em direção ao Sul da África. Tratava-se de uma região que amedrontava os marinheiros pela presença de fortes ondas e de constantes nevoeiros. Em 1488, o navegador Bartolomeu Dias alcançou o extremo sul da África , contornando o cabo das Tormentas, denominado , a partir de então, cabo de Boa Esperança. O caminho para os mistérios e as riquezas das Índias estava aberto aos portugueses.

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