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segunda-feira, 26 de março de 2018

Carvão Mineral


   Do carvão mineral é possível obter , por intermédio da destilação, o coque siderúrgico (resíduo resistente à compressão), cuja queima aquece os altos-fornos em que ocorre a depuração , ou redução, do minério de ferro. Nessa etapa se produz o ferro-gusa, matéria-prima a partir da qual o ferro fundido e o aço são fabricados.  O carvão encontrado em território brasileiro acha-se em uma fase menos avançada de transformação geológica. Não é usado na siderurgia, porque possui alto teor de enxofre e sua queima libera menos energia que o necessário para essa atividade, o que leva as empresas a importarem hulha (carvão betuminoso). Até , 1990 , as companhias siderúrgicas eram legalmente obrigadas a utilizar uma mistura de 50% de carvão nacional com 50% de carvão importado. Com a revogação dessa obrigação, as empresas passaram a consumir somente o carvão importado , cuja qualidade é superior , e a produção nacional de carvão metalúrgico foi bastante reduzida, caindo de 1,2 milhão de toneladas , em 1988, para apenas 114 mil em 2007. Embora existam jazidas de carvão mineral em outros estados da federação , elas são muito pequenas e pouco espessas. Apenas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná as camadas de carvão apresentam viabilidade econômica para exploração.  No Rio Grande do Sul encontra-se a jazida de Candiota, a maior do país, mas seu carvão tem baixo potencial calorífico e não compensa beneficiá-lo e transportá-lo a longas distâncias . É utilizado somente em usinas termelétricas locais, como a de Canoas e a de Candiota, e seu consumo se restringe às cercanias das áreas de extração, no próprio estado. No Brasil ,o consumo de carvão mineral representa apenas 0,4% do total mundial . Em 2008 , cerca de 62% do carvão consumido no país era importado e 38% produzido internamente . O carvão consumido no país era importado é integralmente utilizado em usinas siderúrgicas ; da produção nacional , 33% são consumidos em usinas termelétricas e o restante em indústrias de celulose, cerâmica , cimento e carboquímicas. Em Santo Catarina se concentram cerca de 41% da produção do carvão energético e 100% do metalúrgico. O Rio Grande do Sul fornece aproximadamente 58% do carvão energético e o Paraná , apenas cerca de 1% do total de carvão produzido no país.

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