Em 1999 , o arqueólogo brasileiro Walter Neves se surpreendeu ao descobrir que o fóssil que vinha estudando era o mais antigo de toda a América; tratava-se do crânio de uma mulher que viveu há cerca de 11.500 anos! O cientista brasileiro batizou-a de Luzia (Em homenagens a Lucy). Cientistas ingleses reconstituíram a fisionomia de Luzia e, surpresos, descobriram que suas feições se assemelhavam às dos nativos da África e da Austrália: olhos arredondados, nariz largo e lábios volumosos. Recentemente , com base em materiais inéditos de Lagoa Santa (MG) , Walter Neves descobriu também que as características cranianas do povo de Luzia eram semelhantes às dos africanos e australianos. Para ele, então, o povo de Luzia entrou na America antes dos grupos que deram origem aos indígenas atuais.