Etimologicamente , o nome partenogênese vem do grego "parthenos", que significa "virginal" e gênesis , que significa "origem". O termo designa a formação embrionária de um indivíduo a partir de um único gameta- o óvulo - , sem que tenha havido a participação de um espermatozoide . Em outras palavras , podemos dizer que a partenogênese é uma forma de reprodução sexuada (pois depende da produção de um tipo de gameta) sem a necessidade de fecundação. Em muitas espécies animais, o fenômeno ocorre naturalmente. Algumas reproduzem-se alternadamente por partenogênese e por fecundação, com acasalamento. Há outras ainda que , embora normalmente não realizem a reprodução "virginal", podem fazê-la por meios artificiais , em laboratório. Distinguimos , então, a partenogênese natural e a partenogênese artificial ou experimental. Esta última foi conseguida pela primeira vez por Jacques Loeb , que submeteu óvulos de ouriços-do-mar (equinodermos) a uma solução acidificada fraca com ácido-butírico e depois imergiu-os numa solução salina hipertônica. Com esse recurso , Loeb conseguiu desencadear a segmentação de óvulos não fecundados , levando-os à formação de embriões e , finalmente, de equinodermos completos. Delage fez semelhante experiência com outro equinodermo (estrela-do-mar) e usou ácido carbônico. Mais tarde, Dalco modificou esta última experiência, usando uma equilibrada mistura de cloretos. Bataillon , usando um estilete de platina, picou óvulos de rã sujos de sangue. Ele verificou que a entrada de células sanguíneas no gameta estimulava-o a se segmentar. Pincus estimulou óvulos de coelha colocando-os no gelo por um curto espaço de tempo e recolhendo-os depois na própria trompa do animal. O desenvolvimento embrionário foi desencadeado. Há vários anos, em diversas partes do mundo, cientistas têm trabalhado com óvulos humanos no sentido de estimular o desenvolvimento embrionário partenogenético. Mas os resultados dessas experiências não tem disso muito alentadores ou, simplesmente , são guardados com reserva.
