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sábado, 28 de abril de 2018

A Reprodução Assexuada Nas Angiospermas


    A grande maioria das angiospermas tem capacidade de reprodução sexuada, por meio da produção de sementes , o que lhes garante uma boa variabilidade genética dentro da espécie. Assim , ao plantarmos várias sementes originadas de um mesmo fruto, de boa qualidade, não é certo que obteremos apenas plantas idênticas àquela que produziu o fruto com as qualidades desejadas. Portanto, ao contrário do que se pode pensar , plantas originadas de sementes podem apresentar algumas características imprevisíveis , pois no processo sexual há recombinação genética.  Um tipo de reprodução que garante toda uma descendência geneticamente idêntica à planta-mãe  é a reprodução ou propagação vegetativa natural ou artificial por estacas. Ela é de valia quando temos alguma planta de qualidade, que queremos preservar e multiplicar, e também é o único modo de conseguir a reprodução ou propagação vegetativa natural ou artificial por estacas. Ela é de valia quando temos alguma planta de qualidade, que queremos preservar e multiplicar, e também é o único modo de conseguir a reprodução de plantas que naturalmente não produzem sementes , ou sequer entram em floração. Plantas sem sementes (partenocárpicas), como bananeiras , laranja-baía , limão-taiti , só podem se propagar através da reprodução vegetativa (reprodução assexuada) ou por meio de enxerto. A propagação vegetativa pode ser feita com raízes, caules e até folhas retiradas da planta-mãe, o que garante a uniformidade de muitos produtos hortifrutícolas. Ela também pode ser feita com vários órgãos subterrâneos ricos em reservas e que tenham facilidade de emitir gemas. É o caso dos bulbos (lírios, alho , tulipa , cebola , palma), dos rizomas (bananeira, íris, gengibre), dos tubérculos (barata) e até  das raízes tuberosas (batata-doce). Alguns caules prostrados que crescem rente ao solo , como os rizomas superficiais de gramíneas e os estolhos dos morangueiros , também têm gemas que produzem novas plantas enraizadas, quais podem se tornar independentes da original.  Na fortuna (Bryophylum) , as margens das folhas caídas no solo formam pequenas plantas que enraízam e se desenvolvem em novos indivíduos. Folhas de begônias, isoladas e colocadas sobre a terra, também produzem pequenas plantas que enraízam e se desenvolvem em novos indivíduos. Folhas de begônias , isoladas e colocadas sobre a terra a partir dos bordos de cortes efetuados transversalmente nas nervuras. É bem conhecida a planta Kalanchoe , que , nas extremidades das folhas , desenvolve várias plântulas . Caindo da folha , essas plântulas crescem e formam novos vegetais.  Curioso é o caso da pita ou piteira , uma das espécies de agave (de cujas folhas se extrai a fibra de sisal). Do centro das folhas dispostas em círculo sai uma enorme inflorescência , cujo eixo ramificado chega a vários metros de uma enorme inflorescência , cujo eixo ramificado chega a vários metros de altura. Ela tem poucas flores , mas apresenta centenas de bulbilhos, os quais , caindo no solo, enraízam e se desenvolvem em novas plantas . Depois de florescer uma só vez durante a vida , a planta morre. Em muitas plantas ornamentais , como folhagens e flores , em muitos arbustos e até em árvores frutíferas, o ser humano consegue a propagação por estacas. A estaca é um ramo caulinar , cortado com algumas gemas e enterrado no solo pela extremidade que foi cortada. Na extremidade que fica livre acima do solo deve ser cortada a ponta , pois a gema que aí existe poderá inibir o brotamento das outras que garantem a "pega" da estaca. Algumas estacas que pegam com facilidade são as de Hibiscus , Coleus , Rosas , Figueiras , videiras , amoreiras , azáleas e gerânios. As estacas de alguns vegetais não enraízam facilmente , devendo-se estimulá-las com uma solução de hormônios. Outra opção é executar a mergulhia ou a alporquia. Na primeira, um ramo de planta é mantido enterrado até enraizar , isolando-se depois a nova planta. No caso do alporquia, faz-se um pequeno talho num ramo caulinar e nesse ponto coloca-se um pouco de terra úmida, mantida firmemente amarrada contra o caule por algumas faixas ou numa lata. Depois de algum tempo, formam-se raízes , e o ramo inteiro pode ser separado para o plantio. 


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