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sábado, 21 de abril de 2018

O Período Vargas (de 1930 a 1945)

          

           Dois golpes de Estado delimitam esse período : um para colocar Getúlio Vargas no poder e outro para derrubá-lo. A atuação parlamentar praticamente não existiu no período VARGAS e , quando houve , sempre esteve atrelada ao governo central. O Brasil teve duas constituições : a de 1934 (que tinha um fundamento liberal e durou muito pouco) e a de 1937 (que foi imposta por Getúlio Vargas , com inspiração fascista e autoritária). Com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder estabeleceu-se o que a Sociologia chamou de populismo: uma relação de poder em que o governo buscava o apoio dos trabalhadores e também da burguesia industrial (setor que de fato representava). Com isso , Getúlio criou uma divergência com o setor agrário dominante , já que seu objetivo era implantar uma nova ordem industrial. Para alguns autores brasileiros, como Helio Jaguaribe e o Guerreiro Ramos , o traço marcante do populismo de Vargas foi a liderança carismática . Para outros estudiosos , como Francisco Weffort , tratava-se de um fenômeno de massas e de classes , com certo traço manipulador . Já de acordo com Octávio Ianni, foi um fenômeno ideologicamente baseado no nacionalismo, com uma política que envolvia todas as classes sociais , portanto , um movimento poli-classista. Em termos econômicos , havia um compromisso entre o governo e as elites urbanas  de industrializar o país, utilizando para isso a modernização da estrutura estatal e também a incorporação , de modo controlado e subordinado, das emergentes massas urbanas. O  Estado aparecia como o principal agente investidor na infraestrutura necessária a esse processo. Sem perder de vista seu caráter autoritário e a repressão que desencadeou no Estado Novo, Getúlio Vargas deixou um legado de leis trabalhistas e a concepção de um país com um projeto nacional que continuou nos anos seguintes.

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