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terça-feira, 3 de abril de 2018

Autotrofismo E Heterotrofismo


      Uma das  características dos seres vivos , que aliás serve para distingui-los dos corpos brutos , é a nutrição. Por que os seres vivos se nutrem , não se observando o mesmo com a matéria bruta? Certamente, você já sabe a resposta: é que os organismos vivos realizam numerosas atividades, algumas delas visíveis nitidamente , outras transcorrendo a nível microscópico . E todas essas atividades exigem o consumo de energia para a sua realização. De onde os seres vivos obtêm essa energia? Naturalmente, dos alimentos que consomem , ou sintetizam, e armazenam em suas células. A nutrição é o meio pelo qual os sistemas vivos podem continuamente se reabastecer dos seus "combustíveis", ou seja, suas fontes energéticas- os alimentos.  São eles que proporcionam ao organismo a energia necessária para a execução de suas múltiplas tarefas, desde o trabalho estritamente celular (a síntese proteica , a replicação do DNA, a produção do RNA, as atividades enzimáticas para a realização da fotossíntese, da fermentação e da respiração aeróbia, o transporte ativo através da membrana , a digestão lisossômica , a movimentação de cílios e flagelos) até o trabalho orgânico , representado pelas contrações musculares nos movimentos do corpo , nas contrações do coração e do diafragma , no peristaltismo do estômago e dos intestinos, e diversas outras atividades, inclusive a atividade intelectual do indivíduo. Além do mais , muitos alimentos têm função plástica , servindo como matéria-prima para a renovação contínua das células nos tecidos. Os corpos brutos não realizam trabalho algum. Logo, não carecem de energia. E, por isso, também não precisam de alimentos, razão pela qual eles não se nutrem. Entre os seres vivos , distinguimos dois tipos fundamentais de nutrição: o autotrofismo e o heterotrofismo. O autotrofismo , ou nutrição autótrofa, caracteriza os seres que têm capacidade de produzir matéria orgânica a partir de compostos inorgânicos. Assim , à custa de substâncias simples como a água e o dióxido de carbono (CO2) , eles produzem glicose , depois ácidos carboxílicos , ácidos graxos, aminoácidos , proteínas e lipídios. Os seres que assim procedem não dependem de outros organismos para manter a sua vida. Eles têm um acentuado grau de independência perante as outras espécies. Por isso , são chamados de seres autótrofos, isto é , seres que se nutrem e se desenvolvem por si mesmos , não dependendo dos outros. Entre os mais diversos sistemas vivos , os vegetais assumem grande destaque na prática da nutrição autótrofa . Eles são portadores de pigmentos (clorofila a, clorofila b, outras clorofilas , pigmentos carotenoides etc.) que possem luz transformando-a em energia química. Essa energia química é aproveitada nas reações intracelulares que levam à formação de compostos orgânicos a partir de CO2 e água. Esse fenômeno , assim como o descrevemos  , é a fotossíntese , e que pode ser representada simbolicamente por equação química. Entre as bactérias , algumas espécie são portadoras de pigmentos chamados bacterioclorofilas, diferentes da clorofila , mas com função semelhantes à dela. Eles também conseguem reter a energia da luz , permitindo às bactérias a realização da fotossíntese. No entanto, a fotossíntese bacteriana difere da fotossíntese das plantas , porque nas bactérias a reação se faz entre o CO2 e um outro composto inorgânico que não a água. Mais comumente , esse composto é o gás sulfídrico (H2S) . Então, resulta que, ao final do processo , não há desprendimento de oxigênio , como ocorre na fotossíntese comum dos vegetais. Observe que a fonte de carbono é a mesma em ambos os tipos de fotossíntese , mas fonte de hidrogênio é diferente.

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