A questão agrária é um problema grave que afeta historicamente a população da maioria dos países latino-americanos. A colonização da América Latina foi baseada na exploração mineral e na produção agrícola de produtos de exportação, praticada em latifúndio monocultores e com utilização de trabalho escravo. Esse modelo agrícola é denominado plantation . Após o processo de independência latino-americana , no século XIX, a oligarquia rural escravocrata manteve o modelo colonizador. Atualmente , a produção agropecuária ainda é praticada em grandes propriedades e concentra os investimentos em produtos com ampla aceitação e competitividade no mercado internacional. Em vários países da América Latina, mais da metade dos pobres e miseráveis habitam áreas rurais. São milhões de trabalhadores sem terras e sem trabalho , que possuem alguma forma de renda apenas nas épocas de plantio e colheita , como mão-de-obra contratada . É o caso do México , dos países da América Central (Honduras , Guatemala, Nicarágua , entre outros), e do Paraguai . Também é o caso do Brasil , embora aqui existia a particularidade de os pobres das cidades superarem numericamente os pobres das áreas rurais. Em contraste com essa situação, na maioria desses países há abundância de terras , dominadas por grandes fazendas comerciais que são responsáveis pelo maior volume de produção agrícola. Os países andinos formam um grupo de seis países sul-americanos situados onde se esteve a cordilheira dos Andes: Chile , Bolívia, Peru , Equador , Colômbia e Venezuela. A maioria da população é de origem indígena e, desde as últimas décadas do século XX, tem se organizado contra a exclusão social e pela reforma agrária.