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quinta-feira, 12 de abril de 2018

A Evolução Dos Sistemas Excretores


  Nos organismo unicelulares aquáticos , a excreção dos produtos do metabolismo se faz em grande parte através da própria membrana plasmática , por mecanismo de difusão simples. Muitos deles , contudo , possuem um orgânulo que contribui para essa função- o vacúolo pulsátil ou contrátil -, cujas sístoles e diástoles ritmadas expurgam para o exterior a água em excesso e alguns catabólitos. Em esponjas (poríferos) e celenterados (cnidários) também os excretas são eliminados na água por difusão simples e direta. Começamos a ver órgãos especialmente desenvolvidos para a excreção nos vermes platelmintos . Nas planárias, por exemplo, já se encontram as células-flama , que se constituem em protonefrídias, isto é , estruturas fechadas (que não se abrem para o interior do organismo) que retiram os excretas por difusão simples a partir das células vizinhas ou de lacunas existentes entre essas células , por onde passam os líquidos intercelulares.  Cada célula-flama tem a forma de uma moringa , encerrando na sua cavidade central um tufo de flagelos que se movimentam ativamente. O tufo inteiro de flagelos , movimentando-se , lembra o "bruxelear" da chama de uma vela , razão do nome dado a tais células. Esse movimento flagelar cria uma corrente que arrasta para fora do corpo , ao longo de canalículos , os produtos de excreção que foram "sugados" pelas células-flama. Nos anelídeos (minhoca, por exemplo), começa a surgir estruturas mais aperfeiçoadas , representadas por condutos que se abrem para o interior do corpo , "sugando" s produtos de excreção que foram lançados no celoma ou cavidade geral do corpo pela rede de capilares que circundam as suas paredes.  Esses tubos se constituem em metanefrídias ou simplesmente nefrídias. A diferença entre protonefrídia e metanefrídia é que a primeira é um tubo fechado, que não se abre para o interior do corpo (como as células-flama). Já as metanefrídias abrem-se para o interior do corpo (são tubos abertos ),
. Você também não  deve fazer confusão entre metanefrídias e rins metanefros , que veremos mais adiante.  Na verdade, as nefrídias dos anelídeos não eliminam apenas os catabólitos "sugados" da cavidade celomática. Ao redor do longo ducto que possuem , são envolvidas por uma vasta rede de capilares que permite o intercâmbio do sangue com a corrente de eliminação que flui ao longo do canal. Assim, o material a ser excretado pela nefrídia pode "devolver" algumas substâncias para o sangue ao mesmo tempo em que pode também ser incrementado com novos produtos de excreção. Nos insetos , encontramos os tubos de Malpighi, que são longos fechados em fundo de saco (fundo cego), cujas paredes "absorvem" os excretas dos líquidos do corpo , drenando-os para a porção posterior do intestino médio. Dessa forma , a excreção (correspondente à urina) é expulsa juntamente com as fezes.  Em outros invertebrados, são notáveis certas estruturas glandulares , de origem mesodérmica, cujas secreções contribuem para remover os resíduos metabólicos. Assim são as glândulas verdes (na cabeça dos crustáceos), as glândulas coxais das aranhas (que excretam a guanina , como principal produto nitrogenado) e os órgãos de Bojanus (nos moluscos). Nos vertebrados , os órgãos excretores são os rins.  É importante notar que nos vertebrados mais inferiores (ciclóstomos) s rins são do tipo prônefro, isto é , são segmentados , formando diversos conglomerados aos pares de estruturas semelhantes às nefrídias dos anelídeos. Essas estruturas possuem um funil ciliado que "suga" os excretas diretamente da cavidade celomática - verdadeiros nefróstomas, que convergem para um ducto coletor de cada lado do tronco. Esses rins se situam na parte anterior do corpo, junto à cabeça do animal. Em peixes e anfíbios , os rins são mesonefros , ou seja, possuem localização média no corpo e têm alguns nefróstomas abrindo-se para o celoma , porém com algumas formações que envolvem glomérulos (novelos de capilares), filtrando a urina a partir dos resíduos encontrados no sangue. Nos répteis , nas aves e nos mamíferos , os rins são metanefros (sem nefróstomas e com numerosíssimos glomérulos), situados na parte posterior do corpo. Toda a excreção é retirada do sangue. O nome vem do grego meta, "depois de" , "além de ", e nephron , "rim". A partir daqui , vamos tomar para modelo de estudo o rim humano. Cada indivíduo possui dois rins metanefros. Há cerca de um milhão de néfrons em cada rim humano. Na formação de um néfron, entra em uma arteríola aferente , que se ramifica dando o glomérulo de Malpighi , um novel de vasos finos. Desse novelo, emerge a arteríola eferente . O glomérulo fica recoberto por um duplo envoltório em forma de botija - a cápsula de Bowman. A cápsula de Bowman tem prosseguimento com um longo conduto , que é o túbulo contornado. 

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