O canal auditivo é revestido de mucosa na sua parte inicial, mas sua parede é óssea na porção mais interna. Na primeira parte, existem glândulas secretoras do cerume, uma espécie de cera destinada a reter impureza e corpos estranhos. O ouvido externo termina ao nível do tímpano, uma membrana vibrátil (como o couro de um tambor), destinada a amplificar as ondas sonoras. O ouvido médio, também chamado caixa timpânica, é uma câmara com quatro aberturas e três ossinhos em cadeia: o martelo, o bigorna e o estribo. O primeiro desses ossos está em contato com o tímpano. Recebe as vibrações dele e as transmite aos demais até a janela oval, que dá acesso ao ouvido interno. O movimento ondulatório deverá passar pelo ouvido interno, percorrê-lo e voltar ao ouvido médio, chegando a ele de retorno pela janela redonda. A quarta abertura da caixa timpânica dá acesso à trompa de Eustáquio, um canal cartilaginoso que se abre na faringe. Graças a esse conduto , a pressão atmosférica age sobre o tímpano igualmente dos dois lados (de um lado, pelo canal auditivo externo; do outro, através da trompa de Eustáquio e da caixa timpânica), Quando há obstrução da trompa e de Eustáquio e o indivíduo muda sensivelmente de altitude, a pressão atmosférica exerce força desigual sobre uma das fases do tímpano, distendendo-o e causando sensação desagradável.