Distinguem-se na espécie humana diversos grupos sanguíneos organizados em sistemas. Eles têm aplicações em transfusões sanguíneas , em Obstetrícia e Pediatria (fator Rh), em antropologia (estudo das populações) e em Medicina Legal (identificação de filiação duvidosa). O sistema ABO é determinado por um caso de alelos múltiplos. Ocorrem três genes: IA, IB e i . Entre os dois primeiros há uma co-dominância . Terceiro gene é recessivo para os demais. Assim, resultam seis genótipos diferentes e quatro fenótipos diversos: A, B , AB e O. Esses fenótipos se identificam pela produção de aglutinogênios e de aglutininas específicas. Transfusões sanguíneas incompatíveis provocam aglutinação do sangue transfundido , com graves consequências para o receptor. O fator D ou Rh se caracteriza pela presença de um outro aglutinogênios nas hemácias, condicionado pela atividade gênica de três pares de alelos (C,D e E), dos quais a maior responsabilidade na produção de aglutinogênio cabe ao gene D, daí o nome de fator D. A ausência do gene dominante D no genótipo do indivíduo trona-o D- Rh-. A presença do gene D do genótipo (independentemente dos outros pares) condiciona o fenótipo D+ ou RH+ . As pessoas RH- têm a capacidade de produzir aglutininas anti-RH ou anti-D quando são inoculadas com hemácias D+. O fator Rh é importante nas transfusões sanguíneas , nos problemas de incompatibilidade feto-materna e como recurso de identificação de filiação em casos de trocas de crianças em berçários ou nos casos de paternidade ou maternidade duvidosas. Outros grupos sanguíneos menos importantes na Medicina prática são o MN (co-dominância) e o Ss (dominância completa).