Os equinodermos apresentam um forte esqueleto interno (endo-esqueleto) , formado por placas calcárias , nas quais se prendem espinhos fixos ou móveis , curtos (estrelas e ofiúros ) ou grossos e longos (ouriços). O esqueleto é todo recoberto por uma fina e transparente epiderme. As placas podem ser articuladas, permitindo boa motilidade dos braços , caso das estrelas , dos ofiúros e dos lírios-do-mar. Nos ouriços , elas são soldadas , sem motilidade , e nos pepinos-do-mar ficam dispersas por todo o corpo , não sendo visíveis. Presas às placas há ainda as pedicelárias , pequenas pinças , com dois ou três artículos móveis , que removem resíduos e pequenos organismos que tendem a se acumular sobre o corpo do animal. O sistema digestório dos equinodermos é relativamente simples e completo, embora falte o ânus , nos ofiúros. Nos ouriços-do-mar , há na boca uma lanterna-de-Aristóteles , aparelho formado por cinco dentes usados para raspar algas das rochas. Já as estrelas são carnívoras ; procuram ostras , mariscos , vieiras e outros lamelibrânquios e colocam um dos braços entre as duas valvas da concha . Pela região bucal , ventral, invertem seu estômago para dentro da concha e aí eliminam enzimas digestivas produzidas em grandes cecos glandulares. Os cecos são longos canais ramificados , abertos apenas para o interior do estômago. Este é , portanto, um tipo de digestão extra-intestinal , semelhante ao que ocorre nas aranhas. Pepinos e ofiúros colhem detritos orgânicos e microrganismos misturados à areia do fundo do mar onde , com frequência , se enterram. Os equinodermos são animais de sexos separados , de fecundação externa e desenvolvimento indireto, pois há vários tipos de larvas de simetria bilateral. Estas têm epitélio ciliado e expansões no corpo que facilitam a flutuabilidade. Ao se transformarem em adultos ocorre a gradual mudança para a simetria radial. Os equinodermos têm boa capacidade de regeneração, o que nas estrelas-do-mar, por exemplo, pode significar uma reprodução assexuada. O corpo fragmentado em dois ou mais pedaços pode originar duas ou mais estrelas completas . Um só braço é capaz de regenerar-se em uma estrela . Essa é a origem da chamada forma em cometa . A capacidade de regeneração também é constatada nos pepinos-do-mar (holotúrias) , que fazem uma evisceração (expulsão voluntária das vísceras) quando perseguidos por predadores, pois enquanto estes comem seus órgãos , eles têm chance de fugir , enterrando-se na areia . Depois , em poucos dias , ocorre uma regeneração completa dos órgãos perdidos.
