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sábado, 14 de abril de 2018

Ouvido Interno


       É também chamado de labirinto. Apresenta-se dividido em duas partes : o vestíbulo e o caracol ou cóclea. O vestíbulo é formado por três canais semicirculares dispostos em ângulo reto , que se abrem numa dilatação - o utrículo. O interior desses canais e dessa dilatação é totalmente "atapetado" por um epitélio ciliado cujas células têm intimo contato com filetes nervosos. Há um líquido que preenche essas cavidades , no qual estão flutuantes cristais de carbonato de cálcio - os otólitos. Conforme a posição da cabeça do indivíduo (ou os movimentos bruscos que ele realize), os otólitos roçam os cílios de uma região daquele  epitélio " atapetado" . Os filetes nervosos que contatam aquela área transmitem o "aviso" ao cerebelo e este interpreta a posição em que o indivíduo se encontra. Esses filetes se reúnem e formam o nervo vestibular ( ramo do nervo acústico) que vai ter ao cerebelo. Por isso é que dissemos que o cerebelo responde pelo equilíbrio do corpo. Quando há inflamação do ouvido interno ou labirinto (labirintite), esses estímulos não são percebidos e transmitidos , e a pessoa apresenta perda da noção do equilíbrio corporal. A cóclea ou caracol é a parte do ouvido interno que responde pela capacidade de audição. Está ligada também a uma dilatação - o sáculo. Tem a forma de um conduto espiralado , enrolado em torno de um eixo. Encerra os chamados órgãos de Corti, responsáveis pela percepção dos sons e ruídos. A cóclea é como um túnel de três andares. As ondas sonoras sobem pelo caracol através da rampa ascendente (andar de cima) até o vértice da espiral. Depois descem pela rampa descendente (andar de baixo) , indo desembocar novamente no ouvido médio. Durante esse trajeto , essas vibrações se transmitem ao andar médio, fazendo trepidar a membrana tectória, que , por sua vez , movimenta os cílios das células dos órgãos de Corti. Isso estimula os dendritos das fibras nervosas que daí partem e se reúnem para formar o nervo coclear (outro ramo do nervo acústico) , que vai terminar no centro da audição , no cérebro. Como você vê , o nervo acústico é formado pela reunião dos filetes do nervo vestibular (que vão terminar no cerebelo) com os do nervo coclear (que vão terminar no cérebro). Nos invertebrados, existem estruturas precárias , chamadas estatocistos, que são pequenas vesículas contendo grãos de carbonato de cálcio, as quais atritam células ciliadas , dando-lhes também a noção de posição do corpo.   Nos insetos , já começa a surgir uma membrana com função de tímpano, cuja vibração é captada por células sensoriais. Assim, eles percebem alguns sons. Nos vertebrados, o ouvido começa a mostrar o seu desenvolvimento. Os peixes já possuem um labirinto com canais semicirculares e uma lagena , estrutura correspondente ao caracol , porém não é enrolada em espiral. Só a partir dos répteis é que a cóclea toma a sua trajetória efetivamente helicoidal. Nos peixes , a linha lateral, uma faixa pigmentada no sentido do comprimento , a cada  lado do tronco, encobre canais internos contendo células ciliadas. Por aberturas nessas faixas , a água circula pelos canais internos e transmite as vibrações às células ciliadas , de tal forma que o peixe percebe até mesmo as vibrações sonoras que se transmitem pela água , graças à linha lateral. Nas aves , começa-se a notar um pavilhão auricular precário. Mas a orelha (pavilhão auricular) só se desenvolve , mesmo , nos mamíferos.

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