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sexta-feira, 6 de abril de 2018

Os Mecanismos de Feedback


    Nos últimos anos , os cientistas têm descoberto numerosos sistemas de "autocontrole" de diferentes funções atuando nos mais diversos organismos. Esses sistemas explicam como um órgão passa a funcionar em determinado momento , sob certa circunstância , e pára de funcionar (evitando o excesso de trabalho) em outro momento, numa nova circunstância diferente da inicial.  O conhecimento dos hormônios veio facilitar a compreensão desses mecanismo de autocontrole , que passaram a ser chamados de mecanismos de feedback . Um feedback pode ser positivo ou negativo. Diz-se que o feedback é positivo quando um órgão A estimula um órgão B, e este , através de produtos da sua atividade , retro-estimula o órgão A, intensificando a sua ação.  Naturalmente , um mecanismo destes , isoladamente , levaria à exaustão ou esgotamento energético do sistema . Por isso , os feedback positivos estão sempre acoplados a feedback negativos. Assim, pode haver uma regulação de funções. No feedback negativo, o órgão A estimula o órgão B , cuja função inibe ou paralisa a atividade do órgão A. Em outras palavras , o "estimulado" bloqueia o seu próprio "estimula". A regulação dos hormônios sexuais na mulher caracteriza bem um mecanismo de retroação negativa. Veja bem que a adeno-hipófise produz e libera o FSH , que vai, através do sangue , atuar sobre os ovários. Sob a ação do hormônio folículo-estimulante , um folículo de Graaf entra em maturação para produzir o óvulo. Durante a sua maturação, o folículo produz o hormônio estradiol. Quanto mais FSH vem da hipófise , mais o folículo lança na circulação o estradiol. Assim , a taxa de estradiol sobre continuamente no sangue, até chegar a um nível em que, ao passar pela hipófise, bloqueia a produção do FSH.  Está aí um mecanismo de feedback negativo( o folículo ovariano bloqueando o seu estimulante - a adeno-hipófise). Com a parada da produção de FSH, o folículo também pára de produzir o estradiol . Ocorrido o bloqueio do FSH , a hipófise lança na circulação o LH (hormônio luteinizante). A presença do LH em seguida à queda do estradiol determina a ruptura do folículo e a ovulação. O óvulo é liberado do folículo. Nesse momento , a mulher está fértil (se tiver relação sexual, deverá ser fecundada). Isso ocorre por volta do 14¤ dia de um ciclo menstrual (entre duas menstruações subsequentes). O folículo vazio, sob o estímulo do LH , transforma-se num corpo-lúteo ou corpo-amarelo . O corpo-lúteo , por sua vez, passa a  produzir o hormônio progesterona. Repete-se o fato: quanto mais LH, mais progesterona , até que a taxa de progesterona no sangue atinja tal índice que vá frear a produção de LH na hipófise. Está caracterizado outro mecanismo de feedback negativo. ao fim do ciclo , determinará o desfolhamento ou desmembramento do endométrio , que será expulso, liquefeito em sangue , pela vagina , como menstruação O estradiol e a progesterona (cada um em seu momento) estimulam o desenvolvimento da mucosa uterina (endométrio , preparando-a para receber um possível fruto da fecundação. 

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