O sistema respiratório humano vale como um modelo para caracterizar os sistemas respiratórios dos mamíferos de um modo geral. Ele se compõe dos seguintes segmentos: 1- Fossas nasais e boca; 2- Faringe ; 3-Laringe; 4-Traqueia; 5-Brônquios e bronquíolos ; 6- Pulmões parenquimatosos com pleura. Nos mamíferos , a cavidade do tronco é dividida em dois compartimentos - o tórax e o abdome - separados entre si pelo diafragma , um músculo laminar , recurvado em forma de abóbada ou cúpula. Os pulmões, principais órgãos do sistema respiratório , ficam alojados no andar de cima do tronco - o tórax. As fossas nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa, separados por um septo cartilaginoso , que começam nas narinas e terminam na faringe. A desembocadura das fossas nasais na faringe constitui o que se costuma chamar de nasofaringe, distinguindo-se assim da orofaringe , que é a porção da faringe que vem da boca (garganta ou goela , no dizer popular). A mucosa de revestimento das fossas nasais tem o nome de pituitária (não confundir com a glândula pituitária ou hipófise , que de comum com a referida mucosa só tem origem embrionária , que é a mesma). Diferenciam-se , todavia, uma pituitária respiratória (avermelhada, rica em vasos sanguíneos , destinada ao aquecimento do ar inspirado ) e uma pituitária olfativa (amarela , pouco vascularizada , rica em terminações nervosas do nervo olfativo , responsável pela percepção do olfato). A faringe é um canal por onde passam o ar que se respira e os alimentos que são deglutidos. Ela é , portanto, um órgão comum aos sistemas respiratório e digestivo. Suas paredes são musculosas ( de contrações controladas pela vontade do indivíduo ) e revestidas de mucosa. A laringe é o segmento imediato. O limite da faringe com a laringe é determinado pela glote, orifício de passagem para o ar (inspirado e expirado), a qual se fecha durante a deglutição por meio de uma pequenina tampa - a epiglote -, que funciona como válvula. A traquéia , conduto que vem em seguida à laringe , tem as suas paredes reforçadas por anéis cartilaginosos . Graças a esses anéis , ela se mantém sempre aberta , não sofrendo dobras ou acotovelamentos . Na sua parte inferior, a traquéia se bifurca , originando os brônquios. Distinguem-se dois brônquios - o direito e o esquerdo . Cada um deles , logo de imediato , começa a se ramificar, originando brônquios menores que penetram na estrutura dos pulmões. Aí, esses pequenos brônquios se ramificam , formando os bronquíolos, os quais vão terminar em microscópicas cavidades em forma de saco - os alvéolos pulmonares . Cada pulmão tem mais de duzentos milhões de alvéolos. O imenso número de minúsculas cavidades no parênquima pulmonar confere a esse órgão uma estrutura e consistência esponjosas. Os pulmões parenquimatosos dos mamíferos oferecem uma superfície de trocas gasosas entre o ar e o sangue 100 vezes maior do que a superfície corporal do próprio animal. Eles são, portanto, muito eficientes. O pulmão direito é ligeiramente maior do que o esquerdo , pois possui três lobos , enquanto este último só possui dois lobos. Os pulmões são elásticos e abrem-se e fecham-se como foles , passivamente , de acordo com o aumento ou diminuição dos diâmetro da caixa torácica. Esses movimentos da caixa torácica são promovidos pela atividade dos músculos intercostais ( músculos que ligam umas costelas às outras ) e do diafragma. Durante a inspiração, os músculos intercostais e o diafragma se contraem . Pela contração dos músculos intercostais , as costelas são "levantadas". Como, normalmente , elas apresentam uma inclinação para baixo , o levantamento da arcada costal implica um aumento do diâmetro horizontal da caixa torácica. Ao mesmo tempo, a contração do diafragma "estica-o" , rebaixando a cúpula diafragmática e aumentando o diâmetro vertical. Assim, a caixa torácica amplia-se consideravelmente , determinando uma espécie de "vácuo no interior do tórax. Para preencher esse vácuo , os pulmões , que são elásticos , inflam-se , aspirando o ar do exterior , realiza-se , então, a inspiração. O relaxamento dos músculos intercostais provoca o rebaixamento da arcada costal , diminuindo o diâmetro horizontal do tórax . O relaxamento do diafragma permite que a pressão abdominal , exercida pelas vísceras abdominais, "empurre" o diafragma para cima , elevando a cúpula diafragmática e diminuindo o diâmetro vertical da caixa torácica. Ocorre , então , a expiração.