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quarta-feira, 4 de abril de 2018

As Rotas Das Especiarias e O Império Mongol


     Em torno do século XII, os mongóis eram um povo nômade , dividido por uma infinidade de tribos localizadas ao norte da China. No início do século seguinte , convencidos de que a conquista do mundo era uma missão divina , os líderes mongóis conferiram autoridade suprema a um de seus mais valorosos guerreiros, proclamando-o Gêngis Khan (soberano universal). A estruturação da nação mongol combinava uma rígida fidelidade ao Grande Khan com uma ampla tolerância religiosa, que permitiria abrigar , sob a autoridade do soberano , um vasto leque de expressões religiosas. Mas o ingrediente essencial de sua unificação política baseava-se numa impetuosa organização militar que punha milhares de cavaleiros extremamente disciplinados à disposição de Gêngis Khan. Após a conquista de reinos vizinhos , os mongóis transpuseram a Grande Muralha e avançaram sobre a China em 1215. Anos depois , o Império Mongol já se estendia até o Mar Negro, conquistando territórios muçulmanos e submetendo a maior parte dos domínios russos. O vasto Império Mongol, depois do governado por Kublai Khan , neto de Gêngis Khan , intensificou o comércio com o Ocidente , realizado através das rotas da seda e das especiarias . Belíssimas porcelanas , sofisticadas tapeçarias , cobiçadas peças de seda pura e pedras preciosas eram enviadas para a Europa ao lado dos não menos desejados temperos: pimenta, cravo, canela, gengibre e noz-moscada. O consumo dessas mercadorias tornava-se uma das características da aristocracia européia ao mesmo tempo que possibilitava altíssimos lucros aos comerciantes.

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