Sabemos que a acetilcolina é um neurotransmissor que atua nas sinapses , na passagem do impulso nervoso nas placas motoras, possibilitando a contração da musculatura estriada. Rapidamente , porém, ela é inativada por uma enzima , a colinesterase , que evita a contínua passagem do impulso nervoso e a permanência da musculatura em contração. Algumas substâncias atuam nas sinapses , alterando suas funções. É o caso dos anticolinérgicos e dos inibidores da colinesterase (anticolinesterásicos) . As drogas anticolinérgicas têm várias aplicações médicas , especialmente aumentar o ritmo cardíaco , diminuir a secreção de muco e dilatar a pupila. A maconha , por exemplo, tem efeitos anticolinérgicos , provocando euforia, taquicardia , confusão mental, sedação , boca seca e olhos injetados , vermelhos. A superdosagem de medicamentos relaxantes musculares, sedativos e analgésicos que contenham anticolinérgicos pode levar a delírios , convulsões e parada cardíaca. A atropina , extraída da planta Atropa Belladona, é um potente anticolinérgico , também presente da Datura (saia branca ou trombeteira), planta altamente tóxica. A atropina é usada para dilatar as pupilas em exames oftalmológicos. Os inibidores da colinesterase , ao contrário , provocam aumento da taxa de acetilcolina nas sinapses e , em consequência , maior estimulação do SN parassimpático. É o caso de alguns inseticidas que são basicamente organofosforados e que devem ser usados com extremo cuidado. São bastante tóxicos , provocando espasmos musculares , inclusive da glote , e dependendo da dose podem causar asfixia e morte.
