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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Pseudociência


Nem sempre a pseudociência é pseudociência intrinsecamente . Muitas vezes, aquilo que hoje é considerado pseudociência nem sempre foi. Um exemplo clássico disso é a frenologia. Constituída na Europa do século XIX , a frenologia era um sério programa de pesquisa científica que defendia a ideia de que as características psicológicas estariam localizadas em regiões específicas do cérebro. Assim, quanto mais se possuísse uma tendência psicológica específica , maior seria a área correspondente no cérebro da pessoa em questão. Além disso, considerava-se que seria possível , por aplicação do crânio , falar sobre a personalidade de um indivíduo apenas sentindo as protuberâncias de sua cabeça. No entanto, havia muitos desacordos entre os frenologistas . Um deles era sobre se as características mentais deveriam ser consideradas fundamentais; outro , era sobre a localização delas no cérebro. Os naturalistas envolvidos com a investigação frenologia progrediram pouco em relação a essas e outras problemáticas. No século XIX, é possível reconhecer várias versões da frenologia. Após certo tempo, esse programa investigativo ficou estacionado e acabou sendo abandonado. Atualmente , dizemos tratar-se de pseudociência , pois os problemas não se resolveram , tampouco houve possibilidades de sustentação empírica das redes frenológicas. Como isso pode ocorrer? É sempre importante lembrar que a ciência é uma construção humana e, portanto, está sujeita a forças, interesses e crenças presentes em uma dada sociedade e em um dado momento histórico . Muitas vezes é o contexto que baliza o que é ou não ciência. 


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