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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Os Organismos Internacionais


Antes mesmo de se falar em globalização, os países ricos já haviam criado organismos internacionais para lidar com as rápidas mudanças que aconteciam no mundo. Por exemplo, o FMI ( Fundo Monetário Internacional) e o Bird (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento) foram criados ainda em 1944, na Conferência de Bretton Woods. Pouco depois, em 1947, surgiu o Gatt (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), com a finalidade de organizar melhor o comércio internacional. Até o início da década de 1980, muitos desses organismos tinham pouca importância em escala mundial, já que as relações internacionais ainda eram ditadas pelas duas superpotências da Guerra Fria. Além disso , as economias de quase todos os países do mundo eram muito fechadas, ou seja, protecionistas. Nesse contexto , as trocas comerciais e os negócios internacionais cresciam num ritmo bastante lento , se comparado com o impressionante dinamismo de nossos tempos. Na verdade, começaram a surgir mudanças significativas já na década de 1970. O comércio internacional crescia. Países como o Japão e a Alemanha exportavam cada vez mais, os meios de transporte evoluíam rapidamente, e o bloco de países socialistas já se mostrava esgotado. Esse cenário indicava que o capitalismo iria crescer muito mais nas décadas seguintes. Conforme o comércio mundial ganhava impulso , os países mais pobres passaram a ser convidados a participar dos organismos internacionais , onde se tornaram constantes as demais discussões sobre os rumos da economia capitalista.  Ocorre que os países pobres, ao ingressarem nesses órgãos , acabavam fortalecendo-os e aceitando suas regras. Em consequência , as resoluções e as decisões tomadas pelos organismos internacionais passaram a ser apresentadas , nesse período, como um consenso, verdade absoluta e inquestionável que deveria ser acatada pelo mundo. O FMI , por exemplo, passou a incentivar a adoção de medidas neoliberais em diversos países , inclusive no Brasil: "privatização" e "abertura da economia" estão entre a expressões mais mencionadas pelos meios de comunicação desses países quando noticiavam temas relacionados à economia nas décadas de 1989 e 1990.

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