O Orientalismo

A Ásia é o maior dos continentes, correspondendo a cerca de um terço da superfície terrestre e abrigando mais da metade da população mundial. Além disso , não há como negar o notável desenvolvimento econômico e tecnológico de grande parte dos países asiáticos, um fato que tem consequências diretas e significativas para todo o mundo . Basta constatarmos, por exemplo , o número de itens eletrônicos que estão disponíveis no mercado brasileiro e que são provenientes de países da Ásia , como China , Coreia do Sul e Japão . Mas esse desenvolvimento tecnológico também causa preocupação , se considerarmos que países asiáticos como China,  Índia e Coreia do Norte têm capacidade de produzir armas de destruição em massa. Tendo em vista o comentado e a importância geopolítica dos países asiáticos , o estudo da Filosofia oriental já seria significativo. Mas alia-se a isso o processo de globalização da economia , que tem sido acompanhado também de uma intensa troca cultural entre diferentes nações do mundo . Há , atualmente , uma abundância de traduções de quadrinhos japoneses nas bancas de jornal no Brasil , e muitos desenhistas brasileiros já aderiram ao mangá. Religiões asiáticas , como o budismo , são frequentemente adotadas no Ocidente mesmo por pessoas que não têm ascendência oriental . Esse interesse pela cultura oriental tem se estendido também ao estudo de alguns os pensadores mais representativos dos sistemas filosóficos do Oriente. Apesar do crescente interesse pela Filosofia oriental , seu estudo encontra diversas dificuldades. Em primeiro lugar , devemos lembrar que a tradição filosófica do Ocidente remota à Grécia Antiga, em grande parte por causa da relativa autonomia do pensamento grego em relação ao mito e à religião. Na maio parte dos povos do Oriente , porém , essa autonomia é menos óbvia. Sistemas filosóficos como hinduísmo , budismo , taoismo  e confuncionismo constituíram-se também como sistemas religiosos. Além disso , é problemático falarmos de "uma"  Filosofia oriental: a Filosofia da Índia , por exemplo , é tão diferentes da Filosofia da China ou Filosofia do mundo islâmico quanto estas são diferentes da Filosofia ocidental. Outra dificuldade em relação ao estudo das filosofias orientais é a visão preconceituosa  que se construiu no Ocidente , principalmente por causa do imperialismo europeu , que subjugou política e economicamente diversos povos asiáticos. O teórico palestino Edward Said (1935-2003) usou , em 1973, a expressão orientalismo para designar essa atitude do Ocidente em relação aos povos do Oriente. Segundo Said , na visão de muitos pensadores europeus:

"[...] o oriental é irracional , depravado (caído) , infantil , 'diferente'; desse modo , o europeu é virtuoso , maduro , 'normal' [...]. O que dava ao mundo oriental a sua inteligibilidade não era o resultado de seus próprios esforços , mas era, antes , toda a complexa série de manipulações cultas pelas quais o Oriente era identificado pelo Oriente."

-SAID, Edward. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras , 1990.p.50.

Essa atitude preconceituosa pode ser exemplificada com clareza pela postura de boa parte dos ocidentais que vê os povos árabes como fanáticos religiosos , por causa de ações terroristas de grupos isolados. O estudo das filosofias orientais exige o reconhecimento de que elas se constituíram ao longo de séculos e que não podem , de modo algum , ser vistas como inferiores. Uma síntese de sistemas filosóficos tão diversos é impossível  em poucas páginas , mas é importante conhecermos as ideias de alguns dos pensadores orientais mais representativos . 

Arte e Indústria Cultural

Um dos fatores mais importantes para a mudança no modo como s entende a arte no mundo contemporâneo foi o impacto da tecnologia . Até o século XVIII , a obra de arte tinha como característica o fato de ser única. Uma pintura podia ser copiada , mas era sempre possível distinguir o trabalho original de suas cópias , que não eram muitas. Em função desse caráter único da obra original ou da performance , podemos dizer que a obra de arte no passado possuía um aura , ou seja , envolvia certa forma de ritual. Afinal , o ato de entrar em um museu e contemplar uma pintura envolve um estado de espírito diferente em relação a outras atividades do cotidiano , como ir à padaria tomar um café ou ao banco pagar uma conta. No entanto , com o desenvolvimento de técnicas de reprodução de sons e imagens, a aura original de uma obra de arte de uma obra famosa , como Mona Lisa , de Leonardo da Vinci (1452-1519), ou a "Persistência da Memória" , de Salvador Dali (1904-1989). Essas imagens estão disponíveis aos milhares em livros , panfletos , revistas e na internet. Essa perda da aura da obra de arte já havia sido notada na primeira metade do século XX pelo filósofo alemão Walter Benjamin. Benjamin era vinculado a uma escola de teoria social que ficou conhecida como Escola de Frankfurt. Segundo esse autor , por um lado , a perda da aura estava levando à liquidação do  modo tradicional de conceber a obra de arte. Por outro , as técnicas de reprodução estariam ampliando o acesso das massas à produção artística , e esse seria um aspecto positivo de transformação das estruturas sociais. O filósofo alemão Theodor Adorno (1906-1969) , também ligado à Escola de Frankfurt , no mesmo período , criticava a visão otimista de Benjamin e afirmava que , na verdade , as técnicas de reprodução estavam levando a uma massificação da cultura. Embora a teoria estética de Adorno se coloque como crítica às formas de dominação no sistema capitalista , ele não condena a cultura de elite em favor da cultura popular . Pelo contrário , ele repudia a cultura de massa , que é formatada e  vendida indústria cultural à expressão cultura de massas , pois esta pode sugerir a ideia de um cultura emergindo de baixo para cima , das massas populares , quando o que ocorre é justamente o oposto . Os bens culturais produzidos para o mercado , na visão de Adorno , são carregados de ideologia a servem aos propósitos das classes dominantes. 

Beleza e Subjetividade

Conforme vimos , a concepção platônica postula que a beleza é objetiva : ou o objeto participa do ideal transcendente e , portanto , é belo , ou não participa e não é belo. Os níveis intermediários entre a beleza e a feiura representariam diferentes graus de participação das coisas em uma forma que existe em si e por si mesma em uma esfera separada do mundo sensível . Para reconhecer a beleza , nessa perspectiva , seria necessário recorrer à autoridade dos filósofos , ou seja , daqueles que , dotados de uma disposição natural ao conhecimento da verdade , fossem capazes de avaliar com mais competência o quanto cada coisa participaria do puro ideal de beleza. No pensamento moderno , porém , o argumento platônico se viu irremediavelmente fragilizado por uma mudança no modo como se concebia a natureza humana. Numa concepção estética moderna , portanto , não existe ponto de vista objetivo com base no qual alguém possa dizer que algo é mais belo ou menos belo. Assim , a diversidade de opiniões comprova o fato de que a beleza não é objetiva , mas subjetiva . É esse o ponto de vista do filósofo inglês David Hume (1711-1776) , o ensaio intitulado "Do padrão do gosto":

"É natural que procuremos encontrar um padrão de gosto , uma regra capaz de conciliar as diversas opiniões dos homens , pelo menos uma decisão reconhecida , aprovando uma opinião e condenando outra. Há uma espécie de filosofia que impede toda esperança de sucesso nessa tentativa , concluindo pela impossibilidade de se vir jamais a atingir qualquer padrão de gosto. Diz ela que há uma diferença muito grande entre o julgamento e o sentimento. O sentimento está sempre certo - porque o sentimento não tem outro referente senão ele mesmo , e é sempre real , quando alguém tem consciência dele. [...] A beleza não é uma qualidade das próprias coisas , existe apenas no espírito que as contempla , e cada espírito percebe uma beleza diferente. É possível até uma pessoa encontrar deformidade onde uma outra vê apenas beleza , e todo indivíduo deve aquiescer a seu própria sentimento, sem ter a pretensão de regular o dos outros. Procurar estabelecer uma beleza real , ou uma deformidade real , é uma investigação tão infrutífera como procurar determinar uma doçura real ou um amargor real. Conforme a disposição dos órgãos do corpo , o mesmo objeto tanto pode ser doce como amargo , e o provérbio popular afirma com muita razão que gostos  não se discutem. É muito natural , e mesmo absolutamente necessário , aplicar este axioma ao gosto mental , além do gosto corpóreo , e assim o senso comum que tão frequentemente diverge da filosofia , sobretudo da filosofia cética , ao menos num caso está de acordo em proferir idêntica decisão."

-Hume , David. Do Padrão do Gosto. São Paulo: Nova Cultural , 1999. p. 335-336 (coleção Os Pensadores).

Se concordamos com a afirmação de Hume, de que gosto é pessoal que a apreciação estética é subjetiva , como então explicar o fato de que algumas obras sejam reconhecidas pelo público como geniais e outras consideradas medíocres? O escritor brasileiro Ariano Suassuna (1927-2014) , durante uma palestra no Tribunal Superior do Trabalho , no dia 18 de abril de 2012, reclamou de uma crítica publicada em um jornal de grande circulação que qualificada como "genial" determinado guitarrista de música popular . "Olhar , eu sou um escritor brasileiro , e a língua portuguesa é meu material de trabalho", disse Suassuna . "Se eu gasto um adjetivo como 'genial' [com esse guitarrista], o que é que eu vou dizer de Beethoven? Tem que inventar outra palavra!" . Por mais que aceitemos que o gosto é uma questão pessoal , a indignação de Suassuna parece conter um grão de verdade: se a beleza fosse completamente subjetiva , não haveria juízos coletivos e não haveria como comparar "grandes" e "pequenas" obras de arte. Machado de Assis (1839-1908) e Guimarães Rosa (1908-1967) não seriam nem mais nem menos geniais que seus mais obscuros imitadores. Trabalhos de pintores consagrados , como Victor Meirelles (1832-1903) , Tarsila do Amaral (1886-1973) e Candido Portinari (1903-1962)  poderiam valer tanto quanto rabiscos infantis , dependendo do ponto de vista de que os avaliasse. 

A Fenomenologia

A Fenomenologia foi uma corrente inaugurada pelo filósofo alemão Edmund Husserl (1859-1939) em sua tentativa de superar os impasses do psicologismo e garantir a objetividade do conhecimento por meio de uma análise descritiva dos conteúdos das vivências intencionais. Seguindo na esteira de Husserl, o filósofo  francês Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) desenvolveu uma nova linha nos estudos fenomenológicos com a publicação de Fenomenologia da Percepção. A grande novidade em Merleau-Ponty é a incorporação de insights da Psicologia experimental , em particular da teoria da Gestalt, enfatizando o papel do corpo na percepção do mundo. Analisando experiências nas quais pessoas diziam ter sensações em membros amputados, Merleau-Ponty rejeitou as teorias associacionistas e intelectualistas de sua época em favor do conceito de "corpo vivido". Em oposição à visão de Descartes , que comparava o corpo humano a um mecanismo , Merleau-Ponty entende o corpo como um organismo vivo , cuja existência internacional no mundo se dá através do próprio corpo . Uma pessoa que tenha um membro amputado vive e reage como se ainda o tivesse , o que jamais ocorreria com uma máquina. Nesse sentido , podemos dizer que "Eu" sou meu corpo enquanto ser de relações , e não simplesmente uma consciência fechada no cérebro comandando um corpo distinto do meu ser. Nas palavras de Merleau-Ponty:

"Essa forma que se desenha no sistema nervoso , esse desdobramento de uma estrutura , não posso representá-los como uma série de processos em terceira pessoa , transmissão de movimento ou determinação de uma variável por outra. Não posso ter dela um conhecimento distante. Se adivinho aquilo que ela pode ser , é abandonando ali o corpo objeto , partes extra partes , e reportando-me ao corpo do qual tenho a experiência atual , por exemplo , à maneira pela qual minha mão enreda o objeto que ela toca antecipando-se aos estímulos e desenhando ela mesma a forma que vou perceber. Só posso compreender a função do corpo vivo realizando-a eu mesmo e na medida em que sou um corpo que se levanta em direção ao mundo."

-Merleau-Ponty, Maurice. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes , 1999 . p. 114.

Quando aplicada à teoria do conhecimento , a concepção de Merleau-Ponty nos permite dizer que o corpo é imanente e transcendente ao mesmo tempo , colocando-se como um "meio-termo" entre o sujeito e o objeto . Eu sei que as coisas do mundo , transcendente ao sujeito cognoscente , existem em si mesmas , pois posso vê-las , tocá-las, ouvi-las , etc., mas sempre a partir de uma perspectiva em particular. Justamente pelo fato de possuir um corpo , não posso apreender os objetos da minha percepção em sua totalidade. Mas , ao mesmo tempo , também pelo fato de ser um corpo , sei que as coisas são mais do que a perspectiva particular a partir das quais as conheço. Esse caráter imanente e transcendente do conhecimento , que a dimensão corpórea da existência humana torna possível , permite a Merleau-Ponty chamar as coisas do mundo de "em-si-mesmas-para-mim". 

O Anarquismo

Paralelamente ao socialismo marxista , outra corrente tem disputado a liderança do movimento operário ao longo da história. Trata-se do anarquismo. O termo , de origem grega , se dá pela junção do prefixo an ("sem") com a palavra arkhé ("soberania"), significando assim a "ausência de governo ou de Estado". Os anarquistas acreditam que o Estado é uma instituição essencialmente volta à manutenção do sistema de dominação. Desse modo , para eles , um projeto de reforma visando à promoção da justiça social deve se dar em primeiro lugar pelo fim do Estado. Como alternativa , são propostas diferentes formas de autogestão , como federação de associações voluntárias. Um dos pioneiros no pensamento anarquista foi jornalista e filósofo inglês William Godwin (1756-1836), para quem o ser humano é inerentemente bom e propenso a seguir os princípios da razão , mas se desvirtua dessa tendência devido às diferentes formas de controle . Isso o levou à conclusão de que a extinção do Estado seria a condição para a instauração da justiça social. Outro importante teórico precursor do movimento anarquista foi o filósofo e economista francês Pierre Joseph Proudhon (1809-1865). Em uma de suas obras mais conhecidas , "O que é propriedade?" (1840) , Proudhon argumenta que a propriedade é um roubo , uma vez que substitui a noção de possessão , que é anterior e mais de acordo com a natureza. Para ele ,  "quando todos têm direitos iguais de ocupação, a possessão varia de acordo com o número de possessores; a propriedade não pode se estabelecer senão por si próprio" (Proudhon , Pierre-Joseph. O que é propriedade?. In: Woodcock , George (Org.) . Grandes escritos  anarquistas. Porto Alegre: L&PM, 1989). Como a propriedade é legitimada pelo poder político , Proudhon via a necessidade da derrubada do Estado como condição para a justiça social. Nas palavras do pensador francês:

"Portanto , numa sociedade , autoridade do homem sobre o homem é inversamente proporcional ao estágio de desenvolvimento  que aquela sociedade atingiu. A provável duração daquela autoridade pode ser calculada pelo desejo mais ou menos forte de um governo verdadeiro , isto é , de um governo científico. A justiça , como direito da força e o direito  do artifício , recua diante do avanço estável da justiça e , ao final , deve ser extinta pela igualdade ; assim como a soberania da vontade sobre a soberania da razão ,  e deve ser abolida no socialismo científico . A propriedade  e a realeza têm-se quebrado em pedaços desde que o mundo começou . Assim como o homem busca justiça na igualdade , a sociedade busca ordem na anarquia."

-Proudhon , Pierre-Joseph. O que é propriedade?. In. Woodcock, George (ORG.). Grandes escritos anarquistas. Porto Alegre: L&PM, 1989 .P.61-62.

Criar e Comunicar

O ser humano sempre buscou meios para se comunicar , e esse processo foi se aperfeiçoando , aumentando a capacidade de comunicação. O primeiro tipo de comunicação era feito com o próprio corpo humano , transformando gestos e ruídos em códigos. Ao longo do tempo, a comunicação. Ao longo do tempo , a comunicação deixou de ser apenas intuitiva, no que se referia a caçar e comer, e adquiriu função cultural, uma vez que o ser humano era capaz de registrar sua história desenhando nas paredes das cavernas. Criou esculturas e armas , descobriu a roda , que facilitou a locomoção , vencendo assim as distâncias  e conquistando o espaço. Quando inventou a escrita , suas experiências deixaram de ser transmitidas oralmente e o livro surgiu como o primeiro meio de comunicação em massa. A invenção da fotografia permitiu ao ser humano difundir suas imagens. Percebemos que novas ideias, muitas vezes , dependem de ideias anteriores para se desenvolverem . Temos hoje a internet e um mundo globalizado. 

O Fim do Padrão Dólar-Ouro e o G8

Logo depois  da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos emergiram como líderes do bloco capitalista , oferecendo recursos financeiros para ajudar seus aliados europeus. Porém , não era somente por meio de empréstimos que os Estados Unidos exerciam seu domínio. Muitas empresas passaram a comprar tradicionais companhias europeias , pagando em dólares. Países como a França e o Reino Unido acabaram acumulando , assim , grandes reservas da moeda norte-americana e , pouco a pouco , começaram a trocá-la por ouro. Essa conversão dólar-ouro era possível graças ao Acordo de Bretton Woods. Graças à possibilidade de trocar dólar por ouro , diminuíram muito as reservas norte-americanas do metal , sobretudo na década de 1960 . Essa situação preocupava bastante o governo dos Estados Unidos. É preciso lembrar que , nesse período , os Estados Unidos gastaram muitos recursos tentando evitar que o socialismo avançasse no Sudeste Asiático. Um exemplo desses gastos foi a Guerra do Vietnã , que se estendeu de 1962 a 1975. Com esse grande volume de dólares no mercado , a moeda norte-americana perdia valor . Lembre-se : quanto maior a oferta de um produto , menor será o seu preço , mesmo se esse produto for uma moeda. Os países europeus perceberam que a moeda norte-americana perdia seu poder de compra. Ou seja , eram necessários mais dólares para comprar uma mesma quantidade de mercadorias. Diante disso , liderados pela França , começaram a trocar os dólares que possuíam por ouro , conforme estava previsto pelo Acordo de Bretton Woods. Consequentemente , as reservas de ouro dos Estados Unidos baixaram tanto que o presidente Richard Nixon foi forçado a romper o acordo em 1971, antes que as reservas de ouro de seu país se esgotassem. Muitos especialistas afirmam que a decisão de acabar com o padrão dólar ouro está ligada também à Guerra Fria , pois um dos países que mais produziam ouro na época era a União Soviética , superpotência rival dos Estados Unidos. O fato é que essa decisão criou um clima de forte tensão entre os Estados Unidos e os países capitalistas europeus. Para tentar solucionar o problema , forma iniciadas conversações informais entre a França , o Reino Unido , a Alemanha Ocidental e os Estados Unidos. Essas reuniões tornaram-se periódicas e passaram a contar com a presença de um quinto país , o Japão . Por isso , a reunião desses países ficou conhecida como reunião do G5 (Grupo dos Cinco). Em 1975, o Canadá e a Itália participaram também de um reunião oficial do G5. Desde então , o grupo ficou conhecido como G7 e se reúne anualmente. Nesses encontros são discutidos os principais assuntos de interesse mundial , como a questão do emprego , o desenvolvimento sustentável, o sistema bancário internacional , as dívidas externas dos países , a luta contra a Aids etc. Finalmente , em 1997 a Rússia foi oficialmente convidada a ingressar no grupo . Nascia , assim , o G8. Vale destacar que a presença da Rússia grupo não se deve à importância de sua economia , mas ao seu gigantesco arsenal atômico . Para os países capitalistas ricos , portanto , é necessário ter a Rússia como parceria , jamais como inimiga . Atualmente , um representante da União Europeia também participa das reuniões do G8. As reuniões do G8 são muito criticadas por intelectuais , ONGS e partidos políticos do mundo todo . Esses grupos afirmam que o G8 se preocupa apenas em manter sua hegemonia , isto é , seu domínio , ao invés de promover o desenvolvimento socioeconômico geral e o fim da pobreza. Apontam ainda a ausência de representantes dos países mais pobres , o que transforma essas reuniões numa simples troca de ideias  entre as grandes potências econômicas. Mas há também os que lembram que o G8 não tem mais o mesmo poder da época em que foi criado. De fato , países como a China , a Índia , o Brasil e a Coreia do Sul não integram esse grupo , apesar de apresentarem economias cada vez maiores e mais dinâmicas. 

O Sistema Capitalista

Você já ouviu falar em capitalismo? Esse é o sistema  econômico predominante no mundo e é possível percebê-lo em situações corriqueiras , como no processo de compra e venda de mercadorias ou no trabalho assalariado. Em nossa sociedade , adquire-se uma infinidade de produtos mediante a compra , o que é possível porque há quem os venda e os produza. Para isso acontecer , alguém investiu em meios de produção e o fez com a intenção de lucrar com essa atividade. Também fazem parte desse cenário pessoas que, não podendo ter o seu próprio negócio , precisam trabalhar  para os proprietários de estabelecimentos . Por meio desse trabalho , os produtos são feitos. Essas pessoas recebem salários para adquirir os bens de que precisam para viver. Essas relações econômicas , o priori tão simples , exemplificam alguns elementos constitutivos do sistema capitalista. O capitalista é um sistema econômico surgido no Ocidente , a partir do século XVI , que se alastrou pelo mundo nos séculos seguintes. Ao estudarmos esse sistema , estamos tentando compreender como as relações sociais , econômicas , políticas e culturais de nosso tempo se estabeleceram , tendo em vista a predominância do capitalismo no mundo de hoje. Para entendermos melhor sua dinâmica e influência nos dias atuais , porém , é necessário refletirmos sobre sua origem.  

Origens Do Sistema

Para entendermos a origem do sistema capitalista , vamos nos reportar à crise do sistema feudal . O sistema feudal , ou feudalismo , existiu entre os séculos V e XV na Europa. Tradicionalmente  se denomina Alta Idade Média o período do século V ao XI, que corresponde ao seu início e ao seu apogeu . A Baixa Idade Média , que perdurou do século XII ao XV , marca o período de crise e dissolução do sistema feudal , o qual dá indícios do surgimento do capitalismo. No feudalismo , o poder era descentralizado , visto que cada feudo era administrado por um senhor feudal , tinha base agrária e uma economia amonetária (não existia moeda).  Observação: O chamado senhor feudal , por ser o proprietário das terras, estabelecia com os camponeses uma relação de servidão. Os camponeses tinham autorização para trabalhar nas terras do senhor feudal e , em troca disso , eram obrigados a entregar a ele a maior parte de sua produção, ficando apenas com a mínima porção necessária à própria sobrevivência.  Vamos destacar alguns fatores que levaram à crise do sistema feudal e à transição para o capitalismo.
Vamos destacar alguns fatores que levaram à crise  do sistema feudal e à transição para o capitalismo.

- Melhoria nas condições sanitárias , recuo das epidemias e consequente aumento populacional;
- Avanço das técnicas agrícolas , ampliação de terras férteis e colheitas abundantes;
- Aumento da demanda de alimentos;
- Êxodo rural , que originou a formação de pequenas cidades (vilas) ou burgos.
- Formação de uma nova classe social , a burguesia.
- Desenvolvimento das cidades e do comércio.
- Início do uso da moeda nas intermediações comerciais.
- Guerra dos Cem Anos (1337-1453) entre França e Inglaterra.

Pode-se dizer que as transformações ocorridas na Idade Média - desenvolvimento comerciais , crescimento das cidades , uso de moeda , aliança dos reis com a burguesia - condenaram o feudalismo à dissolução. As grandes navegações do século XV marcam , assim , o início de um novo período: o capitalismo comercial ou mercantilismo.

Instrumentos da Cartografia

A escala é um elemento fundamental da cartografia . É por meio dela que se estabelece a relação entre as distâncias reais a serem cartografadas e as distâncias representadas no mapa. A escala pode ser numérica ou gráfica. Na escala numérica , cada centímetro no mapa representa uma quantidade definida de centímetros na realidade . Assim sendo , em um mapa de escala 1 : 10.000.000 , cada centímetro no mapa corresponde a 10.000.000 de centímetros na realidade. A escala numérica é geralmente centimétrica, podendo ser convertida pelo sistema métrico em metro ou quilômetro.  Na escala gráfica , emprega-se uma linha graduada como uma régua . Nela , as distâncias de um terreno são representadas por um segmento graduado de uma reta. Como se pode observar no mapa ao lado , cada centímetro  no mapa equivale a 26.000.000 de centímetros (ou seja , 260 km) na realidade. Dessa forma , é possível encontrarmos a distância aproximada real a partir de dois pontos em um mapa. Para isso , basta medirmos com a régua a distância entre dois pontos e multiplicarmos pela escala. 

A Musculatura

Ao acordamos pela manhã , geralmente realizamos uma série de movimentos : abrimos os olhos , bocejamos , espreguiçamos , esticamos braços e pernas e , antes de programarmos mentalmente nosso dia , sentimos vontade de ir ao banheiro! Para cumprirmos essa simples rotina , usamos , sem perceber , diferentes músculos do nosso corpo: em poucos segundos foram movimentados os músculos os músculos dos olhos , do rosto movimentados os músculos  dos olhos , do rosto , dos braços e pernas e da bexiga urinária. Isso sem falar  nos músculos que funcionam a noite toda involuntariamente , como o do coração e os responsáveis pela respiração. O corpo humano é constituído por mais de 600 músculos, que podem ser divididos em grupos: a musculatura estriada esquelética , composta por músculos que , na maioria das vezes , se ligam aos ossos por meio dos tendões; a musculatura não estriada ou visceral , composta por músculos que envolvem os diferentes  órgãos do corpo , e a musculatura estriada cardíaca , composta por um tipo especial de músculo esquelético , encontrado apenas no coração. Cada um desses músculos é formado por células alongadas , os miócitos ou fibras musculares , responsáveis pelos seus movimentos de contração. Tanto a musculatura estriada esquelética quanto a não estriada se contraem sob o comando do cérebro . No entanto , como já vimos anteriormente , ao contrário dos músculos estriados esqueléticos , os movimentos dos músculos não estriados, como os que formam as paredes do estômago e os intestinos , são involuntários , uma vez que a ação deles ocorre independentemente da nossa vontade. Nas extremidades dos músculos estriados esqueléticos estão os tendões , responsáveis pela fixação do músculo ao osso . Cada músculo estriado esquelético está ligado a pelo menos dois ossos. 

Rins Artificiais

Vimos como os rins são órgãos importantíssimos para manter a homeostasia do corpo humano. Existem , porém , casos em que os rins não funcionam direito ou podem mesmo perder totalmente a capacidade de filtrar o sangue. Nesses casos , dizemos que a pessoa sofre de insuficiência renal . Vários problemas de saúde podem levar a uma insuficiência renal , como infecções , processos inflamatórios , intoxicações , diabetes e mesmo acidentes com pancadas ou perfurações nos rins. Se o tratamento convencional (medicamentos e dieta) não normalizar os desequilíbrios causados pelo mau funcionamento dos rins ao metabolismo , o tratamento recomendado é a hemodiálise. Na hemodiálise , uma máquina assume o papel os rins na filtragem do sangue. À medida que o sangue do paciente circula pela máquina , ele perde sódio , potássio e ureia , enquanto recebe outras  substâncias . como a glicose . Cada sessão de hemodiálise dura geralmente de 4 horas a 6 horas , sendo necessárias uma ou mais sessões semanais, dependendo da gravidade do caso . Por isso , nos casos mais graves , os pacientes submetem-se a cirurgias para receber a doação de rins. A hemodiálise também é um procedimento de risco , porque podem ocorrer infecções por microrganismos e intoxicação por substâncias que contaminam o equipamento ou a água usada.

As Glândulas Sudoríparas

O corpo humano apresenta mais de 2 milhões de glândulas sudoríparas , distribuídas por toda a pele. No entanto , elas não estão distribuídas uniformemente , mas , sim , concentradas em algumas áreas do corpo  como as axilas , a virilha  , a testa , as palmas das mãos e as plantas dos pés. A atividade das glândulas sudoríparas produz uma secreção , o suor , eliminado através de ductos que se abrem nos poros da superfície da pele. O suor é formado por grande quantidade de água e pequeno quantidade de sais e outros compostos resultantes do metabolismo. A eliminação do suor é chamada de transpiração. Nos dias mais quentes ou quando nos exercitamos muito (em razão do aumento da atividade celular) , ocorre aumento da temperatura do corpo. Parte do calor produzido é absorvido pela água existentes nas células. Na mudança de estado de líquido para vapor , a água do suor retira calor da superfície do corpo e o transfere para o ambiente. A evaporação do suor ajuda a esfriar o corpo e a manter sua temperatura normal , que é por volta de 37ª C. Volta já deve ter percebido que , com o corpo todo suado , a pele fica mais fria e até se arrepia, se alguma brisa passa por ela. Portanto , além de auxiliar no processo de excreção , a transpiração é um mecanismo fundamental na manutenção da temperatura corporal constante.

Sistema Nervoso Periférico

Os sistema nervoso periférico (SNP) é formado basicamente pelos nervos - feixes de axônios envolvidos por tecido conjuntivo que partem do encéfalo para os órgãos efetores (músculos ou glândulas) , responsáveis por desempenhar as ações do organismo. O SNP é divido em sistema somático e sistema nervoso autônomo. Assim , caminhar , sentar , mastigar e segurar objetos são ações que desempenhamos quando desejamos, ou seja , são ações voluntárias ou somáticas. As ações desempenhadas pelo nosso corpo que independem da nossa vontade , como os batimentos do coração , os movimentos peristálticos que deslocam o alimento pelo tubo digestório , a secreção de suor e a dilatação da pupila  do olho , são ações involuntárias ou autônomas. O sistema nervoso autônomos , por sua vez , pode ser subdividido em simpático e parassimpático , cujos nervos têm funções diferentes e atuam , em geral , de forma oposta. Isso quer dizer que , quando um deles estimula a secreção de determina substância ou a realização de uma atividade , o outro as inibe.  Por exemplo : ao entrarmos em um quarto ou penumbra, nossa pupila se dilata , de modo a permitir a maior entrada possível de luz através dela , possibilitando que enxerguemos . A dilatação da pupila é função da divisão simpática do sistema autônomo . Ao acendermos a luz , porém , a divisão parassimpática responde com um rápida contração da pupila , diminuindo a quantidade de luz que penetra no olho. As respostas do sistema nervoso autônomo reúnem condições para que o organismo possa reagir prontamente , por exemplo , as situações de perigo.

Capitalismo Monopolista E Financeiro

O intenso ritmo de produção no século XIX e o espírito expansionista dos Estados europeus podem ser considerados fatores responsáveis pela corrida colonial em direção à África e à Ásia , onde havia imensas porções territoriais ainda não incorporadas ao domínio colonial europeu.  Esses territórios eram muito cobiçados , por várias razões : a crescente industrialização originava crises cíclicas de superprodução , o que obrigava as nações industrializadas a buscar novos mercados consumidores ; havia a necessidade cada vez maior de novas fontes de matérias-primas; os países industrializados precisavam de novas regiões para investir os capitais disponíveis. Além de todos esses fatores, havia o fato de que a população europeia estava crescendo em um ritmo acelerado e buscava novas terras nas quais pudesse se estabelecer.  No plano político , os Estados europeus , preocupados em aumentar seus contingentes militares para fortalecer sua posição entre as demais potências , acirravam disputas belicistas. Teve início uma grande movimentação para ocupar territórios coloniais e estabelecer áreas de influência . A rivalidade entre as potências imperialistas pela posse das colônias asiáticas e africanas estimulou o nacionalismo dos países europeus. Formaram-se , assim , complexos sistemas de aliança entre o poder centralizado nas mãos dos reis e a burguesia industrial. No continente americano , os EUA consolidavam-se como principal liderança capitalista da América. Após sua independência , em 1776, eles elaboraram um plano de expansão continental iniciado com a conquista territorial do oeste e ampliado, em 1823, com a Doutrina Monroe. Nessa data , o presidente James Monroe dirigiu-se ao Congresso para defender a independência das colônias europeias da América e fez um pronunciamento no qual proferiu uma das mais conhecidas expressões do poder estadunidense: "A América para os americanos". A Doutrina Monroe apoiava a soberania dos novos Estados que surgiam na América , mas deixava claro , às lideranças do velho continente ,  que o continente americano seria , a partir daquele momento , área de expansão dos interesses dos EUA  no mundo. O capitalismo entrava então em uma nova fase , a do capitalismo monopolista , típico do imperialismo , que acabou resultando na Primeira Guerra Mundial , ocorrida entre 1914 e 1918 . O capitalismo monopolista , caracterizado pela concentração de capitais , pela luta por ampliação de mercados e pelo protecionismo das nações em competição , acentuou as desigualdades. A acumulação de poder e de capital pelos países imperialistas foi consolidada no século XX , ao serem estabelecidas as bases do capitalismo financeiro. Nessa fase , os bancos passaram a concentrar os capitais  resultantes do crescimento econômico , e as bolsas de valores passaram a negociar ações das grandes empresas em operação no mundo. E foram essas empresas que assumiram o papel de protagonistas do "jogo econômico da desigualdade". 

África - Os Contornos e As Formas

O relevo africano tem como característica marcante a regularidade das formas. Em geral , os planaltos predominam e , entre eles , alojam-se extensas áreas de depressão cortadas por rios e lagos. As planícies encontram-se nas proximidades da costa , e as localizadas na porção ocidental são muito povoadas , como as planícies dos países que compõem o golfo da Guiné. O continente africano também abriga montanhas de formação terciária em diversas partes do território. Tais elevações resultam do movimento das placas tectônicas iniciado há cerca de 35 milhões de anos , quando a placa africana se separou da placa da Arábia. A sequência de deslocamentos foi responsável pela formação do mar Vermelho , e o istmo de Suez permaneceu como único contato entre o continente africano e o asiático. A continuidade dos movimentos tectônicos provocou a formação de uma grande falha , n sentido norte-sul da parte leste do continente, conhecida como RIFT Valley . As falhas geológicas do Rift Valley , geradas pelas forças oriundas do movimento das placas tectônicas , formaram na região grandes cadeias de montanhas , preenchidas por muitos lagos e nascentes de importantes rios. Ali, por exemplo , encontram-se os lagos Vitória , Tanganica e Niassa , além das montanhas mais altas da África , o monte Kilimanjaro (5.895) e o monte Quênia (5.199 m). Na porção noroeste , destaca-se a cadeia do Atlas . O elevado conjunto montanhoso de formação terciária atravessa da Argélia , da Tunísia e do Marrocos , países denominados regionalmente como pertencentes ao Magreb. Esse termo é de origem Árabe e quer dizer "terra do continente" , ou "terra do sol poente" , e corresponde à área que incorpora os três países de domínio árabe citados anteriormente. Na porção nordeste da África , encontra-se a península da Somália , que abrange os territórios da Somália e do Djibuti . Essa península tem o formato de um chifre de rinoceronte , daí o nome da região : Chifre da África.  No extremo sul do continente , localiza-se a cadeia do Cabo. De formação geologia antiga , datada do Pré-Cambriano , essa cadeia apresenta maiores elevações nos montes Drakensberg , com altitudes superiores a 3 mil metros.

Um Governo Centralizado | D. João

D. João respirava aliviado por ter escapado dos conflitos europeus e , pela primeira vez , sentiu-se verdadeiramente senhor da situação e capaz de construir uma obra que marcasse seu nome na história da dinastia Bragança. Rapidamente , percebeu que o Brasil tinha potencial para se transformar no centro de um poderoso império atlântico , uma vez que mantinha relações muito estreitas com a África ocidental , em razão do intenso tráfico negreiro. Para tanto , era necessário dotar o país de todas as instituições necessárias a um governo forte e centralizado , uma vez que o Brasil se tornara o centro do Estado lusitano. Entre as várias medidas e órgãos que foram criados, destacam-se:

- Alvará de 1ª de abril de 1808: anulava o Alvará de 1785 , que proibia a instalação de manufaturas no Brasil. Apesar das intenções , a concorrência desigual dos produtos ingleses (melhores e mais baratos) inviabilizou o desenvolvimento manufatureiro do Brasil. 

- Elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves : em 1815 , sob o impacto da derrota de Napoleão, o Congresso de Viena criou o princípio da legitimidade , para manter o direito à Coroa portuguesa , d. João mudou a condição do Brasil de colônia para reino. Na prática , esta medida eliminou o conceito de que o Brasil era uma colônia.

- Criação dos ministérios o Reino , da Marinha e Ultramar , da Guerra e Estrangeiros ; o Real Erário (depois Ministério da Fazenda); o Conselho de Estado , o Conselho Militar , os tribunais; a Academia Militar da Marinha. 

- Abertura do Banco do Brasil: o primeiro banco do país , para emitir notas e facilitar os negócios.

- Criação das faculdades de medicina  e direito , da Escola de Comércio , da Escola Real de Ciências , da Academia Imperial de Belas Artes , do Jardim Botânico e de escolas básicas.

Essas medidas atraíram muitos cientistas e artistas estrangeiros para o Brasil . O resultado mais importante desse conjunto de medidas foi exatamente a instalação no Brasil de uma máquina de governo centralizada , que contribuiu decisivamente para a integração de todas as regiões da colônia. Convergiam para o Rio de Janeiro e de lá partiam correios , tropas , mercadores , funcionários , estradas etc. Do Rio de Janeiro , os escravos trazidos da África eram distribuídos para as terras do sul e do interior do Brasil , que , por sua vez , enviavam à corte produtos para serem comercializados , criando redes de relações econômicas e sociais que interligavam cada vez mais distantes. Esse movimento fez aproximaram-se as elites regionais , que , interessadas em obter , do monarca , concessões , favores e prestígio , foram residir no Rio de Janeiro , ou pelo menos passar ali longos períodos. 

Sístoles e Diástoles : Contraindo e Relaxando

A contração da musculatura cardíaca não acontece de maneira uniforme e por todo o órgão , mas alternando áreas de contração e áreas de relaxamento . Por exemplo , o sangue que está no átrio direito , por meio da contração da musculatura desta cavidade, é empurrado para o ventrículo direito , o qual para receber este sangue , precisa estar com a musculatura relaxada. Portanto , nesse momento , têm-se a contração do átrio direito e o relaxamento do ventrículo direito. Na sequência , o átrio direito relaxa a musculatura para receber mais sangue vindo corpo  e o ventrículo direito se contrai , impulsionando o sangue que está em seu interior em direção ao pulmão , pela artéria pulmonar. Denominamos de sístole à contração da musculatura cardíaca e de diástole o seu relaxamento . Sístoles e diástoles ocorrem alternadamente e impulsionam o sangue , fazendo-o circular pelos vasos sanguíneo e chegar a todas as partes do nosso corpo.