Quantas pessoas estão dispostas a triturar as crianças no ventre da mãe por meio de streaming ou em praça pública? Nenhuma, por mais que a vontade deles seja essa. Por que? Pois o impacto seria grande demais e a maldade do “aborto” seria exposta de modo cristalino. A idéia dominante no povo AINDA não está “preparada” para um evento desse tipo. Isso significa que o assassinato de criancinhas AINDA precisa ser chamado de aborto, tornando os denunciantes dessa atrocidade pessoas que falam uma coisa enquanto os revolucionários dizem fazer outra.
Isso é o poder cultural dos conservadores acerca do “aborto”. Faça uma analogia disso com qualquer outra pauta política de esquerda e verá que a esquerda só age de modo “transparente” naquilo que o povo não se escandaliza mais, como a invasão de propriedade privada ou falar em defesa da revolução venezolana.
Lembre-se que o poder dos conservadores contra o aborto NÃO NASCEU de uma eleição política, mas de domínio CULTURAL sobre o assunto.
A política eleitoral é e sempre será enfadonha. Não se perca nos acordos e conchavos que todo político faz. É verdade que uns fazem para sobreviver ali dentro e outros fazem isso para aniquilar os adversários, mas todos fazem.
O fator de decisão, entretanto, não nasce desses conchavos e acordos, mas na cultura, onde a decisão de quem a domina acaba impondo uma idéia dominante. E só quem já foi alimentado ou possui alta cultura é capaz de PENSAR e AGIR em desacordo com essas normas estabelecidas por grupos e pessoas absolutamente desconhecidas do público em geral.
Isso é um breve resumo do que tem dito o professor Olavo de Carvalho: diminuir a força dominante dos revolucionários na cultura para que tenham cada vez menos poder político. Mas há quem, por meio da difamação, o coloque em pé de guerra com políticos eleitos. E isso não é apenas vil e malsão, mas sintoma de ausência completa de senso de proporções, ou seja, burrice pura e simples.
Quer vencer algo na política eleitoral? Então faça algo que a determine, mas isso só pode ser realizado na CULTURA.
De: Allan dos Santos • Jornalista , Conservador e Patriota.
