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domingo, 19 de dezembro de 2021

Presidente do BNDES diz que o Brasil vai tomar calote de Cuba, Venezuela e Moçambique

Em entrevista ao Pingo nos Is, Gustavo Montezano explica como funcionava as operações financeiras realizadas pelo BNDES para financiar ditaduras.

Os financiamentos desse ano (de 2021) se compararam ao ano anterior (de 2020), excluindo os efeitos dos empréstimos emergenciais tão superiores. O que a gente observa hoje é uma taxa de investimento na economia , que é onde o BNDES atua primordialmente, , superior ao ano passado. Sinal de que o empresariado tá investindo , a infraestrutura está andando e tem demanda para crescimento. Naturalmente, ano passado, em 2020, por conta de todos os auxílios econômicos que fizemos, especialmente, ao micro e médio empresário , a gente fez um ano recorde de empréstimos para os micro e pequenos empresários e que não se repetiu esse ano porque a situação já estava mais controlada.
 

-Frase de Gustavo Montezano, Presidente do BNDES

[Entrevistador | Tomé Abduch] O BNDES ficou muito maculado como o Banco que emprestou dinheiro para financiamento de obras no exterior. Cuba, Venezuela... foram portos e aeroportos  e outras obras importantes. Queria saber o que que você viu esse tempo todo na sua gestão, esse dinheiro emprestado foi emprestado da maneira correta? Esse dinheiro vai voltar pro Brasil? Queria que você explicasse para a população brasileira em que momento estamos em relação ao que aconteceu no governo passado, nos governos do PT.
 

Gustavo Montezano respondeu:
 

Primeiramente, não tem como não lamentar o que foi feito no ano passado. Se você for ver o Estado que a gente tem nesses empréstimos  a gente vai tomar um calote na ordem de 1 bilhão e meio de dólares. Se você olhar Cuba, Venezuela e Moçambique. São valores inadimplidos e que a gente não vai receber futuramente. Porque quando você empresta para um país que já não paga as suas contas , a chance de você receber é muito baixa. A situação econômica de CUBA, Venezuela e Moçambique , a chance de recuperação é próxima de ZERO. Primeiro, eu lamento o que foi espero. Espero que nós como país não repitamos esse erro do passado. Agora, por outro lado, condenar o banco é um equívoco imenso. O banco estava operando um política pública , decidida por 1 governo. O banco com o seu balanço contábil não se indispunha a fazer aquelas operações e , portanto, o Governo Federal, através de 1 fundo de exportação (que somos nós brasileiros) financiou a operação assumindo o risco dela [...] O banco estava seguindo uma política pública.
 

-Frase de Gustavo Montezano, Presidente do BNDES



 

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